Um mês e meio depois de voltarem a trabalhar em regime de lay-off, algumas dezenas de trabalhadores da IFM/ Platex, Indústria de Fibras e Madeiras de Valbom, Tomar, concentraram-se sexta-feira junto à “fonte cibernética”, uma das principais rotundas de Tomar, naquilo a que chamaram de “tribuna pública” destinada a sensibilizar entidades e população para a sua luta pelos postos de trabalho. Uma faixa do Sindicato da Construção e Madeiras do Sul, com a inscrição “Trabalhadores da IFM em defesa dos salários e pela manutenção e garantia dos postos de trabalho”, assinalava o local da concentração, junto à estátua do industrial Manuel Mendes Godinho e próximo da zona onde decorre o mercado semanal. “Estamos aqui para reivindicar a imediata reactivação de uma das principais unidades da região”, afirmou o coordenador da União dos Sindicatos de Santarém (USS/CGTP), Valdemar Henriques, abrindo a tribuna.Com laboração interrompida desde 11 de Abril, a IFM/Platex tem pendente no Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e Inovação (IAPMEI) um pedido de apoio de 5 milhões de euros, que permitiria o retomar da laboração. “O processo está bem encaminhado, mas a resposta era para ontem”, disse Aquilino Coelho, do Sindicato da Construção e Madeiras, frisando que se o apoio não chegar em Julho o futuro da empresa poderá estar mesmo em risco.