Cento e quarenta e cinco autores de todo o país concorreram à edição deste ano do Prémio Nacional de Teatro Bernardo Santareno. Um concurso promovido pelo Instituto Bernardo Santareno e pela Câmara de Santarém que visa divulgar e prestigiar a obra do dramaturgo nascido em 1920 em Santarém e falecido em Lisboa em 1980. O júri vai agora avaliar as peças de teatro inéditas escritas, em língua portuguesa, individualmente ou em co-autoria, devendo o anúncio do vencedor ser feito até 15 de Outubro.O júri é composto por José Manuel Mendes (presidente da Associação Portuguesa de Escritores), Norberto Ávila, dramaturgo em representação da Sociedade Portuguesa de Autores), Maria João Cardona (presidente da Escola Superior de Educação de Santarém), Fernanda Lapa (actriz e encenadora) e Vicente Batalha (presidente do Instituto Bernardo Santareno).Na conferência de imprensa onde foi dada conta do número de concorrentes, Vicente Batalha destacou o facto das obras a concurso nesta segunda edição serem oriundas de todo o território nacional, ilhas incluídas. “Por aí se pode ver que é uma volta a Portugal completa, o que confere um carácter nacional ao prémio com toda a propriedade”.Para o presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), o mais importante desta iniciativa bienal é a possibilidade de descoberta de jovens dramaturgos, área em que, na sua opinião, o país é deficitário. “Acredito que entre estas duas edições já realizadas aparecerão entre dez a vinte peças para publicar”, afirmou o autarca, acrescentando que a única exigência colocada ao júri é que quem ganhar escreva bom português.