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A perícia automóvel é parte integrante da vida de António Alexandre

A perícia automóvel é parte integrante da vida de António Alexandre

Piloto do Pego já perdeu a conta às vezes que foi campeão nacional

Sentado ao volante do seu pequeno mini, rodando em volta de pinos, é como António Alexandre se sente bem. Há trinta anos que participa em provas de perícia automóvel. Foi várias vezes campeão nacional e esta época vai muito bem lançado para renovar o título.

Não nasceu no Pego, Abrantes, mas a sua vinda ao mundo aconteceu ali mesmo ao lado, em Penhascoso, um pequeno lugar do concelho de Mação. Trocou muito cedo esse lugar pela vila do Pego, onde fez praticamente toda a sua vida. E os automóveis têm um papel importante nessa vida. “Faço aquilo que gosto, estou ligado ao ramo automóvel, sou feliz por isso”, diz António Alexandre.Quando se fez homem, António Alexandre estabeleceu-se no ramo automóvel, não deixou o Pego. Formou a empresa Carpego, com venda de automóveis novos e usados. É aí que passa toda a semana em atendimento a clientes.Ao fim-de-semana parte para o seu grande hobbie, a perícia automóvel. “Ando na perícia por gosto. Já fiz ralis e autocross, mas é na perícia que me sinto realizado. Neste momento entre a meia centena de pilotos que disputam o campeonato sou eu que ando há mais tempo e de certeza que vou andar até ir ganhando”, referiu António Alexandre.António Alexandre, mais conhecido por “Alex” no meio automobilístico é um piloto muito experiente, participa em provas de perícia há mais de 30 anos. À primeira vista já não se lembra bem de quantas vezes se sagrou campeão, mas garante que ainda vai correr mais alguns anos. “E é para lutar sempre pela vitória”, garantiu.Neste momento o piloto do Pego é o líder do Troféu Nacional de Perícia Automóvel, disputado no âmbito da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, com organização do Slalon Clube de Portugal. Em 12 provas disputadas venceu sete e foi 2º nas restantes cinco. “Quero continuar com o número 1, o que significa continuar a ganhar, para isso é necessário fazer uma preparação cuidada para todas as provas, porque há muitos bons pilotos à espreita de me roubar o lugar”.A sua participação em provas de perícia tem como objectivo aliviar o stress acumulado durante a semana de trabalho. “Alex” conta com o apoio de algumas empresas e com os prémios das provas. “No desporto automóvel a perícia é a mais barata, estrada-se menos o carro do que nos ralis ou no autocross, com cinco ou seis litros de gasolina fazemos a prova e como habitualmente subo ao pódio acabo por não ter prejuízo com a ida às provas”, referiu.A preparação dos carros e o auto controlo emocional nas provas são o mais importante para que um piloto tenha sucesso. “As provas de perícia são muito disputadas. Há um elevado número de pilotos muito iguais. As coisas decidem-se ao milésimo de segundo. Daí toda a adrenalina e a necessidade de atingir os limites”, disse.Embora ligado aos automóveis António Alexandre não é mecânico, não é ele que trata do carro. “Estou em desvantagem em relação à maioria dos pilotos que são mecânicos. Mas tenho um homem que me prepara o carro de uma forma excelente. Eu e o Jorge Araújo, que faz a preparação dos meus carros, fazemos uma equipa quase perfeita”, garante.As estantes do seu stand do Pego, estão repletas de taças e troféus conquistados nas provas que tem disputado. Contam trinta anos de piloto de perícias. António Alexandre olha para eles com orgulho, e aponta alguns que comprovam o título de campeão nacional. “Este foi conquistado em 2005, em 2006 fui vice-campeão, em 2007 voltei a conquistar o título, em 2008 voltei a ser segundo. Este ano só um cataclismo me tiraria o título”, diz com mal contido orgulho.António Alexandre também já correu em Espanha, e garante que os pilotos de perícia portugueses são muito melhores do que os espanhóis. “É engraçado que os nossos vizinhos até ficam admirados com a nossa perícia. O português menos bom, é melhor do que o melhor espanhol”, garante.Como todas as modalidades, a perícia também tem sofrido com a crise. Mas isso não impede que este ano não deixe de haver meia centena de pilotos a disputar o campeonato. “No calendário há vinte e cinco provas para disputar. Praticamente ninguém as faz todas, porque contam apenas as melhores quinze pontuações, mas a verdade é que a presença é sempre grande, e a disputa é absorvente”, diz António Alexandre.Apesar da rivalidade existente nas provas, António Alexandre faz questão de destacar a grande amizade existente entre os pilotos. “Durante as provas há uma grande competição, mas no fim fica sempre a grande amizade e o convívio entre nós que já cá andamos há longos anos”.
A perícia automóvel é parte integrante da vida de António Alexandre

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