Autarcas convidam população a participar mais na vida do Sobralinho
Reclamações de eleitos sobre carências da freguesia preencheram cerimónia oficial
Em vez dos cidadãos foram os autarcas a apresentar “reclamações” à falta de participação cívica no dia em que a freguesia do Sobralinho comemorou 24 anos, dez dos quais como vila.
O Palácio Municipal do Sobralinho encheu-se de público durante a cerimónia oficial do 24.º aniversário da criação da freguesia e 10.º da elevação a vila, que decorreu no sábado. Os discursos dos autarcas foram directos aos ouvidos de quem se encontrava no local, num apelo à participação na vida da freguesia que integra o concelho de Vila Franca de Xira. O presidente da Junta de Freguesia do Sobralinho não foi parco em exigências e passou em revista a lista de obras previstas para a freguesia ainda por concretizar. Uma unidade de saúde na freguesia, o nó do Sobralinho, as rotundas junto à Budelpack, entre a estrada dos Baltares e a estrada 10-6, a duplicação da nacional 10 entre o Sobralinho e a rotunda das Silveiras, em Alverca e a construção na nova escola de primeiro ciclo foram as obras reclamadas pelo autarca. Quitéria Meireles, vogal da CDU e antiga presidente de junta, deixou um recado aos cidadãos. “Estamos tão sozinhos nas nossas assembleias. Venham ouvir discutir os problemas do Sobralinho e participar na resolução dos assuntos da freguesia”, lançou, em jeito de apelo. Da parte da oposição as críticas ao estado da freguesia surgiram sem cerimónia. Andreia Fresta apelou ao “sonho” dos sobralinhenses para exigir uma freguesia melhor. O acesso ao rio Tejo, os espaços verdes e melhores serviços de apoio à comunidade permearam o discurso da vogal social-democrata na assembleia de freguesia do Sobralinho. “Espero que a minha visão do Sobralinho seja tão grandiosa como a vossa”, disse ao público que assistia. Atento à cerimónia esteve o vereador da câmara municipal, Francisco Vale Antunes. Residente na freguesia há mais de 50 anos, o autarca não conteve a resposta e a comparação entre os tempos antigos e os actuais. “O Tejo está cada vez menos poluído e é diferente de há uns meses para cá com a ETAR”, referiu, acrescentando estarem em progresso os processos do nó do Sobralinho e da unidade de saúde. Na tarde sobralinhense os temas de debate foram os de sempre. As diferenças estiveram no bolo de aniversário, cujas velas foram sopradas no beberete no final da cerimónia, e na população, que desta vez acompanhou os responsáveis políticos no seu trabalho.
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