Abandono escolar lidera preocupações da CPCJ de Santarém
O abandono escolar e os maus-tratos psicológicos são as situações com mais casos sinalizados pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Santarém. No relatório semestral de Janeiro a Junho de 2009, a CPCJ de Santarém sinaliza 38 processos de abandono escolar, a maioria referentes “a jovens e crianças de etnia cigana”, disse Eliseu Raimundo, presidente da CPCJ.“Regista-se um abandono mais elevado entre as raparigas de 14 e 15 anos porque faz parte da cultura cigana que elas deixem a escola por esta idade porque estão prometidas em casamento e não podem conviver com outros rapazes”, disse Eliseu Raimundo, salientando que o abandono escolar do concelho é “mais elevado” do que a média nacional e que houve um aumento de 15,5 por cento para 39,2 por cento do número total de casos registados no primeiro semestre de 2009 comparativamente com o primeiro semestre de 2008. Este relatório revela ainda um ligeiro aumento (de 18,9 por cento para 19,2 por cento) nos maus-tratos psicológicos a crianças. Eliseu Raimundo referiu que estes maus-tratos estão maioritariamente relacionados com casos de divórcios. A CPCJ considera importante encaminhar estes processos para a nova solução da mediação familiar, porque permite resolver as situações de divórcio “de uma forma mais suave” para as duas partes e, sobretudo, para as crianças. No primeiro semestre deste ano, a CPCJ de Santarém acompanhou 267 casos de crianças e jovens em risco, tendo registado menos processos novos instaurados (83 contra os 93 abertos em 2008) e menos processos arquivados (121 contra os 156 registados em 2008).
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