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Emília Francisco

43 anos, doméstica, Tomar

“As pessoas têm muita dificuldade para gerirem o pouco que têm. Para sobrar dinheiro para comida e medicamentos têm que se privar de muita coisa. A crise ainda vai demorar muito a passar. Isto está cada vez pior”

O que acha do elevado número de candidatos à Câmara de Tomar?Ainda não decidi em quem vou votar. Acho que isto não devia ser assim. Deviam de ser menos candidatos e os que se apresentarem a votos deviam ter mais competência. Não só aqui como noutras câmaras e governo. Os políticos têm que ter mais consciência por quem vota neles e os mete lá.Está assustada com a gripe A?Acho que se instalou um alarmismo exagerado. Se estivermos bem informados e adoptarmos os procedimentos divulgados pelos folhetos que estão a ser distribuídos penso que não há razões para ficarmos assustados. Nota-se que as pessoas têm muito medo de ficar contaminadas. Esta semana estava numa loja em Tomar e deu-me um ataque de tosse porque ando constipada e um senhor disse-me logo que eu tinha a gripe A. Está bem servida de transportes públicos?Não. Aqui onde moro (Algarvias), estamos a dois quilómetros e meio de Tomar e apesar de pertencermos a uma freguesia urbana temos o problema pelo facto do Transporte Urbano de Tomar não contemplar esta zona. Fizemos agora um abaixo-assinado com 68 assinaturas que vamos entregar na câmara para que o percurso se estenda até aqui porque, por exemplo, durante as férias escolares não temos transporte para irmos a Tomar. O nosso meio de transporte passa por alugar um táxi mas como a vida está não dá para o fazer sempre. Por norma é bem atendida nos serviços de saúde?Não. Inclusivamente, num dos centros de saúde aqui em Tomar já fiz queixa a um clínico porque a semana passada estive a ligar durante 20 minutos e não consegui. Atendiam a chamada mas desligavam logo a seguir. Deviam ter outra consideração pelos utentes. Se todos reclamássemos o que tínhamos direito o país não estava na tanga que está. Eu não tenho problemas em defender os meus direitos. Temos que respeitar mas também exigir respeito. Os portugueses vivem acima das suas possibilidades?Não. As pessoas têm muita dificuldade para gerirem o pouco que têm. Para sobrar dinheiro para comida e medicamentos têm que se privar de muita coisa. A crise ainda vai demorar muito a passar. Isto está cada vez pior. Os patrões já não se preocupam com os empregados e não devia ser assim. Conheço pessoas que estão numa situação muito difícil porque estão a trabalhar mas os patrões não lhes pagam os ordenados.Acredita nas qualidades terapêuticas da água do Agroal?Sim, aquela água cura mesmo. O meu filho quando tinha dois anos teve uma alergia de pele, levei-o lá e ficou bom. Hoje tem 20 anos e nunca mais teve essa borbulhagem.

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