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Fleximol prorroga lay-off para 62 trabalhadores por mais 90 dias

Fleximol prorroga lay-off para 62 trabalhadores por mais 90 dias

Restantes trabalhadores não recebem 35 dias de salário até final do ano
Sessenta e dois trabalhadores da empresa Fleximol – Suspensões para Veículos, S.A, com sede no Cartaxo, viram a sua situação de lay-off ser renovada pela empresa por mais 90 dias a contar de 11 de Julho (até 11 de Outubro). A medida foi acordada entre a comissão de trabalhadores abrangidos pelo lay-off e a administração da empresa e resulta na extensão do prazo daquele sistema, após os seis meses decretados em Janeiro deste ano (ver edição 29 Janeiro 2009). Na prática os 62 trabalhadores – dos 72 iniciais, dez foram recrutados pela empresa em Abril – recebem apenas dois terços do salário (70 por cento do qual suportado pela Segurança Social e 30 por cento pago pela empresa).Desta feita houve um acordo entre a administração da Fleximol e a comissão de trabalhadores. Segundo José Neves, do Sindicato dos Metalúrgicos, foram outros elementos da administração a negociar com os trabalhadores, o que resultou num acordo.“A administração decidiu que haverá até final do ano uma redução de salário de 35 dias úteis para os restantes trabalhadores da empresa não abrangidos pelo lay-off. Desta forma é feito um esforço global e não só uma parte suporta a crise”, disse o sindicalista a O MIRANTE. O que abrange mais cerca de 100 trabalhadores.José Neves confirma que a empresa continua em dificuldades e que se justifica a manutenção do lay-off e introdução das novas medidas para outros trabalhadores enquanto as encomendas se mantiverem baixas. Mas que a empresa está a tentar reforçar esse capítulo para se manter em actividade e ser viável.A par da renovação do lay-off para os trabalhadores e a redução de 35 dias de trabalho até final do ano, a Fleximol solicitou ainda ao Ministério do Trabalho e à comissão de trabalhadores autorização para que o forno da empresa possa laborar, durante alguns períodos, 48 horas seguidas, conseguindo maior rentabilidade e menos despesas de funcionamento. Em Dezembro de 2008 a Fleximol tinha 173 trabalhadores. Actualmente tem cerca de 160 trabalhadores, fruto de alguns contratados cujos contratos não foram renovados. José Neves acrescenta que, nesta ocasião, a empresa tem negociado com os trabalhadores e de forma correcta em todos os aspectos relacionados com horários de trabalho e trabalho suplementar.Recorde-se que em Janeiro, aquando da decisão do lay-off, os trabalhadores abrangidos acusaram as chefias de pressionarem os restantes trabalhadores para não se mobilizarem contra aquela medida. Do lado contrário, surgiu um abaixo-assinado dos trabalhadores não abrangidos pelo lay-off que desmentia os colegas relativo a realização de horários de trabalho de 12 horas e de trabalho suplementar mais remunerado (ver edição 5 Fevereiro 2009).O MIRANTE contactou via e-mail a administração da empresa para confirmar as decisões tomadas mas não obteve resposta às questões colocadas até ao fecho desta edição.
Fleximol prorroga lay-off para 62 trabalhadores por mais 90 dias

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