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Pequenas e médias empresas podem combater crise com o recurso a operadores de risco

A imagem das pequenas e médias empresas (PME) sai sempre valorizada no mercado quando existe a entrada no capital social de um investidor especializado. A integração de operadores de risco nas empresas pode ser uma forma de combater a crise financeira. Esta e outras mensagens foram transmitidas por Nuno Gonçalves do Instituto de Apoio a Pequenas e Medias Empresas (IAPMEI) aos empresários que assistiram a um colóquio no auditório da Nersant, em Torres Novas, sobre as medidas de apoio às PME, uma organização conjunta da Associação Empresarial da Região de Santarém – Nersant e da Associação Industrial Portuguesa (AIP). O investigador explicou quais as vantagens das PME em terem como parceiro um operador de risco, frisando mesmo que este é “o parceiro ideal” pois as empresas ficam mais protegidas não só porque acedem ao crédito como também ficam a contar com um investidor. Além disso, o facto de este elemento ser externo “leva a empresa a lutar por conseguir fazer uma melhor gestão e reforço do capital próprio”. Uma melhor negociação de financiamento e com os fornecedores da empresa são outras vantagens reconhecidas. Quanto a possíveis desvantagens, passam pelo facto do investidor de capital de risco passar a ser detentor de parte do capital social da empresa. Nuno Gonçalves disse aos presentes que em Portugal são cerca de 300 as empresas com associados de capital de risco, uma vez que nem todas conseguem ser objecto de interesse para o investidor. A par dos operadores de capital de risco, o orador abordou ainda o tema das Sociedades de Garantia Mútua (SGM), um mecanismo criado em 1994 pelo IAPMEI, outra medida de apoio às PME. O conferencista deu como exemplo a GARVAL, Sociedade de Garantia Mútua localizada em Santarém. Ao beneficiar do investimento de uma SGM, as PME têm acesso facilitado ao crédito e são aliviadas na sua prestação de garantias.Também o programa PME Invest, que vai na sua terceira edição e já apoiou mais de 25 mil empresas, representa uma medida de combate à crise. De acordo com Nuno Gonçalves, os 750 milhões de euros previstos de apoio às PME foram esgotados na primeira edição do programa, tendo a segunda edição disponibilizado cerca de mil milhões de euros e a terceira 1.600 milhões de euros. Uma parceria entre as instituições financeiras e o Estado na qual o banco dá o financiamento e o Estado assegura parte dos empréstimos, sintetizou. Além deste programa, o orador destacou ainda o “PME Consolida”, uma medida anunciada pelo Governo em Fevereiro que possibilita, por exemplo, que as empresas possam alienar ao fundo parte dos seus activos imobiliários, ficando como arrendatários, recebendo liquidez para a sua exploração e desenvolvimento de actividade.

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