“Passamos a estar melhor com nós próprios”. É deste modo que Sandra Sofia Coelho, 32 anos, moradora no Entroncamento, descreve os benefícios da prática de Tai-Chi-Chuan. É uma das mais antigas aderentes das “Tardes Zen”, uma iniciativa gratuita dos Serviços da Cultura da Câmara Municipal do Entroncamento criada há três anos com o objectivo de proporcionar um final de tarde mais relaxante a todos os munícipes. No Verão a  actividade realiza-se todas as terças-feiras, entre 18h30 e as 19h30, no jardim Afonso Serrão Lopes (Zona Verde). De Inverno, o horário mantém-se mas o palco desta arte de relaxamento é o Cine-Teatro S. João. Atento às orientações do seu instrutor, Vítor Sepodes, licenciado em Medicina Chinesa e acunpunctor, Sandra repete os movimentos muito, mas mesmo muito, devagarinho. Como som ambiente, para além dos pássaros e dos passos apressados de quem passa em redor, ouve-se uma música de toque oriental. “Chamam-se tardes zen porque são um espaço de meditação e lazer. Dentro desta actividade, praticamos o Tai-Chi-Chuan que é considerado uma ginástica energética baseada nas técnicas ancestrais das artes marciais. Só que são feitas em câmara lenta para haver um melhor relaxamento”, explica Vítor Sepodes, vestido de branco. Sandra recorda que a primeira vez que participou nas “Tardes Zen” do Entroncamento encontrava-se no sétimo mês de gestação da sua filha. Agora, todas as terças-feiras a menina fica aos cuidados da avó para que a mãe possa relaxar durante uma hora. “No primeiro mês não se nota mas depois reconhecemos melhorias a nível respiratório ou de memória. É uma modalidade diferente. Relaxa-nos quando estamos mais ansiosos mas também nos dá mais energia quando nos sentimos em baixo”, assegura a praticante durante um curto intervalo. Elsa Ribeiro Gonçalves