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Plano estratégico defende desenvolvimento urbano e industrial para Coruche

Concelho deve aproveitar também a construção do novo aeroporto para captar residentes

O Plano Estratégico de Coruche, desenvolvido pela equipa do ex-ministro Augusto Mateus, defende que o concelho deve aproveitar os traços rurais e a natureza para se desenvolver.

O futuro de Coruche até ao ano 2020 deverá ser marcado pelo crescimento urbano da vila sede de concelho e pelo incremento da actividade empresarial, em consonância com a natureza e ambiente que marcam positivamente o concelho. São estes os caminhos principais apontados pelo Plano Estratégico Coruche 2020, concebido pela sociedade de consultores de que faz parte o ex-ministro da economia Augusto Mateus. O documento tem em conta a prevista construção do novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete e aponta caminhos para investimentos que possam surgir com este equipamento. Augusto Mateus entende que Coruche tem que atrair habitação de qualidade fora do conceito de dormitório. Apontando que a vila pode criar condições para albergar quem vai trabalhar na construção do aeroporto, bem como os seus futuros funcionários. Alberto Mateus considera ainda que Coruche deve apostar em cativar os que terão 18 anos em 2020 e nos reformados activos. Para o economista a vila deve preparar-se para oferecer os serviços e o comércio típicos de uma cidade, revitalizando o centro da vila para atrair moradores. Defende ainda que a aposta no turismo deve conjugar o urbano e o rural, lembrando que “Coruche possui uma natureza colorida única que não deve ser desvirtuada com os investimentos que se venham a alcançar, nem, feita à custa das freguesias”. Para se desenvolver, o concelho tem que conseguir dar a volta a algumas desvantagens. Como a de ter uma população envelhecida com uma escolaridade abaixo da média nacional. Por isso o plano defende uma aposta na formação escolar.O presidente da Câmara de Coruche vê o plano como um importante documento de linhas orientadoras para o futuro do concelho. Dionísio Mendes considera fundamental que Coruche cresça de forma equilibrada e concorda com a proposta de revitalização do centro histórico. Por isso conta com o projecto de criação da sociedade de reabilitação urbana que está a ser desenvolvida pela Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT). O autarca considera ainda que Coruche tem condições para crescer urbanisticamente para norte. Dionísio Mendes (PS) entende que é necessário garantir “bolsas de terreno e planos de pormenor adequados, sem pressões de especuladores e investidores imobiliários, para que populações que trabalhem na área do futuro aeroporto possam decidir viver em Coruche”. Do plano valoriza também a necessidade de se criar um parque para empresas da área da logística e novas indústrias do frio, vocacionadas para os hortícolas e perecíveis. “Não será um parque de negócios com infra-estruturas e preços mais caros”, advertiu. Augusto Mateus já trabalhou para mais de 100 municípios Augusto Mateus trabalhou para mais de 100 autarquias do país desde que há cinco anos começou a trabalhar como consultor. Em declarações a O MIRANTE diz que nenhum plano estratégico pode ser entendido como uma coisa isolada, apesar de saber que o “mercado” dos municípios vizinhos também é concorrencial. “Nesta região não é possível fazer um plano sem o articular com as potencialidades dos concelhos vizinhos, como Santarém, ou Caldas da Rainha”, já fora do distrito de Santarém, defende o ex-ministro. Augusto Mateus diz que se deve entender uma região que não tem que ser obrigatoriamente a dos limites do distrito. O trabalho de Augusto Mateus tem muito de reuniões com técnicos de autarquias e responsáveis de empresas. Uma forma de se identificar os traços que distinguem um concelho e as suas necessidades. O economista destaca que hoje cada município tenta levar para si o que pode e tenta não deixar fugir investimentos e infra-estruturas para concelhos vizinhos. E confessa que o trabalho que tem realizado para as autarquias o levou a descobrir muitas coisas positivas e a ser uma pessoa mais optimista em relação ao futuro do país. A equipa de Augusto Mateus que costuma trabalhar com autarquias é composta por 12 a 15 elementos, entre os quais economistas, arquitectos, sociólogos e gestores.

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