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Carta aberta ao presidente da Câmara do Entroncamento

Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara do Entroncamento. Confesso que não sei a que autoridade se refere Vossa Excelência, quando diz que a tem para se recandidatar. Espero que essa convicção, que nos é apresentada como razão suficiente para apresentar a sua recandidatura, não seja um ensaio para desvalorizar a candidatura de outras pessoas, tomando-as como desprovidas dessa autoridade para se candidatarem a tão excelso cargo.Nunca sondei as capacidades de que, tantas vezes, apregoa ser titular, mas reconheço que não sou um munícipe muito atento, admitindo, até, que essa minha inclinação para o alheamento me tenha inibido de ver os génios que, por aí, vão pass(e)ando. Não tenciono discutir, ou sequer duvidar, na justeza da sensação que Vossa Excelência manifesta de dever cumprido. Devo, até, dizer-lhe que não emito juízos de valor sobre as críticas que, amiúde, oiço sobre a sua governação.Prefiro não indagar sobre a racionalidade da decisão de ser a autarquia a suportar o ónus da despesa de um trabalho sobre a “Estratégia de Desenvolvimento 2020 e Plano de Acção 2013” que mais não é do que a “Bíblia” que sustenta a candidatura de Vossa Excelência. Para mim, tudo isso são politiquices e essas não interferem, nunca, no meu raciocínio.O que me leva a dirigir-lhe esta epístola, Senhor Presidente, é a desafectada circunstância de, enquanto cidadão residente na parte norte da cidade, ter experimentado a constrição de alguém que se sente discriminado, só porque escolheu aquela geografia para assentar o poiso familiar. E, neste particular, Senhor Presidente, também eu sinto autoridade para reclamar. A autoridade que decorre, naturalmente, da minha condição de contribuinte cumpridor.Não refutando as obras que o senhor associa à sua competência - eu acrescentaria, a essa alegada competência, os “dinheirinhos” que vão chegando de Bruxelas e que, um dia destes, acabam - quero, tão-só, deixar-lhe a minha reprovação pelo desmazelo e abandono de que foram alvo o equipamento desportivo e o parque infantil da Urbanização da Quinta do Bonito, a falta de limpeza das margens e da própria Ribeira de Santa Catarina, naquela zona da cidade e a falta de bom senso no desenho da rota do TURE que serve a Urbanização, levada ao extremo de colocar um ponto de paragem - o único ali existente - numa curva e próximo de uma confluência de duas estradas.Naturalmente, reconheço-lhe a tal autoridade de se recandidatar. Só assim é possível, num espírito de verdadeira democracia, reservar-me o direito de, em sede própria, manifestar a minha indignação.Francisco Gonçalves

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