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Ensino deve favorecer a imaginação e a criatividade

Ensino deve favorecer a imaginação e a criatividade

Está a ser preparado manifesto de embaixadores do Ano Europeu

As escolas não favorecem a imaginação e a criatividade e hoje os alunos estão mais avançados do que os professores em coisas como as novas tecnologias. Estes dois pontos estão na base de uma reflexão europeia sobre o ensino.

A reforma do sistema de ensino de forma a estimular e valorizar a imaginação dos alunos é defendida num manifesto que está a ser finalizado em Bruxelas pelos embaixadores do Ano Europeu da Criatividade e Inovação (AECI).Instituído pela União Europeia para promover a criatividade e inovação ao longo de 2009, o AECI é composto por 27 embaixadores nomeados por países europeus.Entre eles contam-se destacados artistas e intelectuais de várias áreas como o músico espanhol Jordi Savall, o arquitecto holandês Remment Koolhaas, a coreógrafa belga Anne Teresa Keermaeker, o chefe de cozinha Ferran Adriá e o artista conceptual português Leonel Moura.O documento centra-se essencialmente em três pontos, e um deles é bastante crítico sobre o actual sistema de ensino: “As escolas não favorecem a imaginação e a criatividade. A escola não está virada para a experimentação”, afirmou.De acordo com Leonel Moura, é consensual entre os embaixadores que “os problemas estruturais na Europa nesta área têm a ver com o ensino e a falta de preparação para o novo tipo de sociedade em que vivemos”, e por isso defendem uma “reforma de todo o sistema”.“Hoje os alunos estão mais avançados do que os professores em coisas como as novas tecnologias”, apontou, destacando que todos os embaixadores presentes concordaram nesta questão.No manifesto - que será divulgado em breve - é destacada a importância da criatividade e da inovação no avanço das tecnologias, mas também em todas as empresas, de forma a oferecer produtos que marquem uma diferença.É ainda destacado no documento que a criatividade “não tem só a ver com a área artística, como se pensa habitualmente, e deve estar presente em tudo, desde as empresas à vida quotidiana, nas questões sociais, no Governo”.“Há muitos problemas que não têm resposta por falta do uso da criatividade”, assinalou ainda o artista português, 59 anos, conhecido pelas abordagens artísticas nas áreas da inteligência artificial e na robótica.Os embaixadores do AECI defendem ainda que a superação da grave crise mundial que se vive actualmente “passa muito pela criatividade” e o momento é até “uma boa oportunidade para modificar alguns aspectos da sociedade” contemporânea.
Ensino deve favorecer a imaginação e a criatividade

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