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Socialistas de Santarém contra urbanização em terrenos da antiga Cavalaria

O candidato do PS à presidência da Câmara de Santarém, António Carmo, é “totalmente contra” a construção de alta densidade em terrenos do antigo complexo militar da Escola Prática de Cavalaria (EPC). E garante que se for eleito presidente não vai permitir que essas intenções vão avante, pelo menos sem que antes haja um amplo debate público sobre o assunto.Recorde-se que na última reunião de câmara foi discutida a elaboração de um plano de pormenor para os terrenos da antiga EPC que prevê uma mudança radical nos cerca de 26 hectares em causa. Segundo o documento, parte dos terrenos, cerca de 13 hectares, poderá ser urbanizada e destinada a habitação, comércio e serviços. A densidade pode chegar aos 40 fogos por hectare. O assunto não chegou na altura a ser votado por sugestão do vereador socialista Rui Barreiro, que pediu uma reflexão mais aprofundada sobre o tema e alegou não haver condições para o PS aprovar esse ponto se fosse colocado à votação nessa reunião.O assunto ficou de ser agendado para a reunião da próxima segunda-feira, 14 de Setembro, mas o voto contra do PS parece já certo. António Carmo diz que essa posição foi articulada entre a sua candidatura e os representantes do PS nos diferentes órgãos autárquicos. Defende que os 13 hectares em causa devem ser destinados a um parque verde e de lazer, embora admita alguma construção “de qualidade e de baixa densidade”. Acrescenta que uma urbanização com centenas de fogos naquela zona iria criar grandes problemas de tráfego nas zonas de Vale de Estacas e de São Bento.António Carmo defende que seja ouvida a população sobre o destino daquele espaço militar que a autarquia pretende comprar ao Estado, em conjunto com outros imóveis, a troco de 26 milhões de euros. “Não faz sentido que a trinta dias das eleições autárquicas haja uma decisão sobre esse assunto. Não se pode tomar uma decisão desta importância à margem da população”, diz o candidato socialistaSegundo o plano de pormenor, para além dos 13 hectares em causa, a área que se encontra em Reserva Ecológica Nacional (10,6 hectares) poderá incluir a construção de equipamentos turísticos. Já o antigo quartel vai acolher a Fundação da Liberdade e serviços municipais dispersos pela cidade. Para além da escola de hotelaria e da região de turismo, está na mesa também a hipótese de ali instalar o centro de saúde e a delegação do IDT (Instituto da Droga e da Toxicodependência).A elaboração do plano de pormenor permite que a área em causa deixe ter fins militares. E é um dos pré-requisitos necessários para se processar formalmente a transferência da tutela daqueles terrenos do Estado para a autarquia. Outra das condições já está cumprida: o não exercício do direito de preferência por parte do IGESPAR.

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