Miguel Relvas, que viu o seu nome na lista de deputados do PSD pelo distrito de Santarém substituído pelo de Pacheco Pereira, por imposição da líder nacional Manuela Ferreira Leite, disse sexta-feira que a derrota do partido nas legislativas de 27 de Setembro foi “muito significativa”. E considera que, depois das autárquicas, é preciso “construir uma alternativa, uma nova esperança para o PSD e para Portugal”. Refira-se que há quatro anos, a lista do PSD liderada por Relvas obteve mais 500 votos que a destas eleições, encabeçada por Pacheco Pereira. Um resultado que não passou despercebido no interior do partido a nível distrital, onde caiu muito mal nalguns sectores a decisão de Manuela Ferreira Leite de substituir o cabeça de lista indicado pela distrital “laranja”.Relvas, que se tinha recusado a comentar os resultados eleitorais quando foi contactado por O MIRANTE, falou dias depois aos jornalistas que acompanharam a campanha do PSD em Tomar. “Isso significa que no dia 11 de Outubro, depois das autárquicas, tenhamos a capacidade de reabrir um novo quadro político. É para isso que estamos a trabalhar, por uma vitória nas autárquicas. Em tempo de guerra não se limpam armas e, portanto, as questões da vida do PSD, depois do dia 11. Até lá, lutar pela vitória nas autárquicas”, afirmou.Miguel Relvas, que é o cabeça de lista à Assembleia Municipal de Tomar pelo PSD, teve com ele sexta-feira na campanha Pedro Passos Coelho, candidato derrotado por Manuela Ferreira Leite à liderança do PSD e também ele excluído das listas do partido às legislativas.