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Presidente da Assembleia Municipal do Cartaxo despede-se mas promete voltar

Presidente da Assembleia Municipal do Cartaxo despede-se mas promete voltar

António Góis orgulha-se de ser um homem de causas e independente não cedendo à disciplina partidária
O presidente da Assembleia Municipal do Cartaxo, António Góis Nascimento (independente eleito pelo PS), revelou na última sessão desse órgão, quarta-feira, 30 de Setembro, que não se recandidata ao cargo que foi eleito há quatro anos. António Góis fez questão de afirmar que é um homem de causas e não de partidos, facto do qual se orgulha. “Demonstrei sempre a minha independência e isenção que, por vezes, é incómoda, mas orgulho-me de ser assim. O presidente do município, Paulo Caldas, sabe que nunca deixei de lhe ser fiel e crítico quando achei que devia ser e quando não concordei com ele. Por vezes discordamos, mas se eu continuasse iríamos continuar a discordar”, referiu o médico. Recorde-se que António Góis chegou a ser anunciado pelo presidente da câmara e da concelhia do PS Cartaxo, Paulo Caldas, como cabeça de lista à assembleia municipal nas próximas autárquicas. Mas em meados de Agosto António Góis não gostou de ver colocados no fim da lista dois nomes por si indicados e abandonou o projecto. Para número um foi indicada então Maria Manuel Simão, que se encontrava em terceiro lugar.Na hora da despedida da assembleia, António Góis disse também que passou ao lado do protagonismo que a função de presidente da assembleia municipal pode propiciar, embora tenha intervindo várias vezes e sempre que achou necessário. “Entendi que a minha figura neste órgão é a de actor secundário. Mas, posso dizer, sem sobranceria, que os actores secundários por vezes também merecem Óscares e dou esse prémio a mim próprio precisamente pela isenção e por não ser sujeito nem dependente da disciplina partidária. Gosto de desobedecer, embora não seja pela subversão”, salienta.O autarca confessou sair das funções confuso em relação a dois temas que, na sua maneira de ser, são fundamentais na política: a verdade e a confiança. “Já alguém disse que a verdade em política não é pura e muito menos simples e, segundo Carlos Drummond de Andrade, confiança, em política, é ter fé. Na minha opinião, a confiança tem por base a verdade e esta exige competência. O facto é que em política a verdade tem que ser muitas vezes contornada, inteligentemente ocultada e nem tão pouco é recomendada”, concluiu, acrescentando, no entanto, que esta despedida é uma vírgula na política deixando no ar um “até daqui a quatro anos”.Deputados municipais despedem-se António Góis não foi o único a despedir-se da actividade política na última sessão da Assembleia Municipal do Cartaxo. Também o deputado municipal eleito pela CDU, Rogério Coito, despediu-se da vida política activa após 13 anos como deputado municipal da oposição.Na hora da despedida, Rogério Coito faz um balanço positivo da sua participação no órgão máximo do concelho. “Em todo o mandato faltei às reuniões de assembleia municipal apenas uma vez e foi uma falta justificada. Valeu a pena trabalhar convosco em prol dos cidadãos do concelho do Cartaxo. Trabalhei com o objectivo de dar um pequeno contributo ao desenvolvimento da minha terra”, referiu acrescentando que vai estar atento à vida política do concelho.Também os deputados municipais José Onofre (PSD) e Marco Caetano (PS) abandonam os seus cargos na Assembleia Municipal do Cartaxo.
Presidente da Assembleia Municipal do Cartaxo despede-se mas promete voltar

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