Fernanda Asseiceira recuperou a Câmara de Alcanena para o PS
Começou cedo a desenhar-se a vitória e a maioria absoluta no concelho
A candidata socialista porfiou e conseguiu finalmente arrebatar o poder aos independentes do ICA, aproveitando o facto de o presidente da câmara Luís Azevedo não se ter recandidatado.
Já passava das 22h00 do último domingo quando fechou a contagem dos votos nas várias freguesias do concelho de Alcanena, mas na sede de candidatura do Partido Socialista, Fernanda Asseiceira e os seus apoiantes já há muito que faziam a festa e levantavam os braços em sinal de vitória.A reconquista da câmara para o PS começou a desenhar-se muito cedo. Cerca das 20h30 era já um dado adquirido e a espaços ouviam-se gritos de vitória. Mas Fernanda Asseiceira queria mais, queria a maioria absoluta. “Já vencemos o primeiro round, mas vamos ter calma, queremos a maioria absoluta”, disse à reportagem de O MIRANTE, quando eram 21h00.Cerca das 21h45 aconteceu o clímax. Fernanda Asseiceira pegou no cachecol levantou-o bem alto e gritou “Conseguimos a maioria absoluta, é uma vitória em quase toda a linha, só não vencemos uma junta”. Foi a apoteose. A candidata foi de imediato alvo dos abraços e cumprimentos dos muitos apoiantes que já se encontravam no local.Na sala principal, à vista de toda a gente, os candidatos recebiam as votações das várias mesas via telefone, que depois eram introduzidas no computador. Os apoiantes olhavam com ansiedade para o ecrã, que ia dando a tendência de voto no concelho. O PS garantiu oito das 10 freguesias, Bugalhos, Espinheiro, Louriceira, Malhou, Monsanto, Serra de Santo António, Vila Moreira e Alcanena. Não ganhou apenas em Minde, onde perdeu por apenas 19 votos, e Moitas Venda onde a vitória dos Independente pelo Concelho de Alcanena foi mais expressiva. Na rua a festa já era de euforia. Entre a multidão, os pais de Fernanda Asseiceira emocionados até às lágrimas eram abraçados e cumprimentados por todos. A esposa de Joaquim Asseiceira temia pela saúde do marido e pedia-lhe para ele não se enervar e não se emocionar demais. Mas também ela chorava de alegria.Na sala já tudo gritava e pulava, esquecendo-se por momentos do frango assado, dos panados e dos bolos em cima da mesa. A nova presidente acedeu a falar para O MIRANTE ainda antes do discurso da vitória. “Ganhou a verdade, ganhou o trabalho, a seriedade e a responsabilidade”, foram as primeiras e emocionadas palavras de Fernanda Asseiceira.“Finalmente o PS reconquistou a Câmara de Alcanena com os votos de todos os munícipes do concelho. Tivemos o apoio transversal de todos os partidos. Temos na realidade um projecto para promover o desenvolvimento e esperança de futuro que o concelho merece. Tínhamos consciência que neste concelho até a prática da cidadania se estava a perder. Ainda bem que nós candidatos do PS conseguimos esta grande vitória com maioria absoluta, para podermos puxar o concelho de Alcanena para o topo do distrito. Os alcanenenses merecem-no e nós vamos trabalhar sem desfalecimento para isso”, disse com a alegria estampada no rosto.Aliás Fernanda Asseiceira sentiu-se recompensada pelos seus conterrâneos e sem nunca se dirigir em concreto aos seus adversários referiu: “Um trajecto de trabalho e seriedade de oito anos foi recompensado. As pessoas acreditaram e deram-nos a maioria absoluta. Garanto que vamos fazer tudo para não as desiludir”.Fernanda Asseiceira já era puxada por toda a gente para o discurso da vitória e para a caravana que já estava organizada. Foi num palanque improvisado que ouviu os gritos de vitória e a grande ovação da noite. Uma vitória que ficará na história do concelho, com o regresso da câmara às mãos do PS. “E agora, para saberem que estamos mais unidos do que nunca, satisfeitos e que somos melhores que eles vamos lá todos para a rua fazer um bocado de barulho”.
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