O Partido Socialista reforçou a maioria absoluta em Azambuja, onde na noite de domingo Joaquim Ramos foi reeleito presidente da câmara. A oposição foi empurrarada para uma representação mínima no executivo municipal. O PS venceu as eleições para a câmara com 56,62 por cento dos votos, mais quatro pontos percentuais que em 2005. O executivo da câmara contará com cinco vereadores socialistas, um da Coligação “Pelo Futuro da Nossa Terra” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM) e outro da CDU.Na vila de Azambuja, a festa foi rápida e discreta. As bandeiras socialistas, com a figura do punho em riste, nas mãos dos apoiantes, envolveram o candidato que distribuiu beijos e abraços nos Paços do Concelho. O candidato, em declarações a O MIRANTE destacou a “maior responsabilidade” que tem o executivo, após a vitória mais expressiva. O vencedor do escrutínio lembrou os apoiantes e a “batalha especial” que travou e aponta as áreas da educação, ambiente, requalificação urbana e solidariedade social como prioridades de actuação. Quem não teve razão para festejos foram os partidos da oposição. A Coligação “Pelo Futuro da Nossa Terra” ficou com 17,18 por cento dos votos e perdeu um dos dois vereadores que representava o PSD no executivo municipal. António Jorge Lopes, candidato da coligação, considerou os resultados “francamente maus” e admite não assumir o mandato para que foi eleito, caso as estruturas concelhias da coligação assim o decidam. O candidato assumiu “responsabilidade pessoal” pela derrota e recordou que, em Janeiro, a coligação tinha em sua posse sondagens que davam como provável a perda de um dos vereadores e um resultado eleitoral na ordem dos 15 por cento. Já no caso da CDU a derrota foi assumida com um tom catastrofista. Os comunistas, terceira força política no concelho, perderam votos. Os 16,90 por cento de 2009 ficam abaixo dos 18,5 por cento de 2005, e António Nobre, candidato da coligação e único vereador eleito, não deixou de considerar que “nada justificava esta votação”. A vitória socialista é “profundamente negativa”, no entender do candidato. “Pelo visto, as artes mágicas da propaganda de última hora resultaram”, denunciou. O Bloco de Esquerda obteve 5,57 por cento dos votos. Aquela força política chegou a obter percentagens perto dos oito por cento nas freguesias de Aveiras de Cima, Aveiras de Baixo e Vale do Paraíso. Na votação para a Assembleia Municipal de Azambuja os socialistas também venceram, com 52,10 por cento dos votos e elegem 12 deputados municipais. A CDU foi a segunda força mais votada, com 18,67 por cento, enquanto a Coligação “Pelo Futuro da Nossa Terra” obteve 18,06. Ambas as forças elegem quatro representantes, enquanto o Bloco de Esquerda, com 72 por cento, conseguiu eleger um deputado municipal. Socialistas esmagam nas freguesiasTodas as assembleias de freguesia do concelho de Azambuja ficam nas mãos das forças partidárias que as lideravam. O PS obteve maiorias absolutas em Alcoentre, com Francisco Morgado (61,46 por cento); Azambuja, com António Amaral (59,45); Maçussa, através Nuno Gonçalves, (63,60); Vale do Paraíso, com António Batista (53,40); Vila Nova da Rainha, com Joaquim Oliveira (60,38) e Vila Nova de São Pedro (54,11), com Lúcio Costa. Em Aveiras de Baixo, o PS elegeu a única presidente de junta do concelho, Maria de Lourdes Piriquito, com 49,67 por cento dos votos. Nas mãos da CDU continuam as freguesias de Manique do Intendente e Aveiras de Cima. Na primeira, Herculano Martins segurou a vitória por uma diferença de 12 votos para o PS, ganhando com 40,35 por cento. Em Aveiras de Cima, a coligação obteve uma confortável vitória, com 46, 94 dos votos.