
Apoios sociais concedidos aos desempregados da Opel de Azambuja terminam em 2010
Regalias sociais oferecidas pela General Motors e Estado só se mantêm até Janeiro
Mais de metade dos colaboradores directos da GM de Azambuja, que fechou portas em Dezembro de 2006, já encontraram emprego.
A partir de Janeiro de 2010 os trabalhadores da antiga fábrica da Opel da Azambuja que ainda não tenham resolvido o seu futuro profissional vão deixar de beneficiar das regalias sociais oferecidas pela General Motors (GM) e pelo Estado. Os apoios foram atribuídos no quadro das compensações laborais pelo fecho da unidade industrial que, entre empregos directos e indirectos, lançou perto de 1 100 trabalhadores da região no desemprego em Dezembro de 2006. Actualmente existem desempregados da GM que auferem perto de 1500 euros mensais, o que os desmotiva na procura de emprego já que não conseguiriam obter um salário tão elevado como o actual subsídio de desemprego. Mais de metade dos 700 funcionários directos da fábrica, provenientes sobretudo dos concelhos de Vila Franca de Xira e Santarém, já encontraram um novo emprego. Segundo o Centro de Emprego e Formação Profissional de Vila Franca de Xira, das 400 pessoas inscritas em 2009, 157 foram trabalhadas ao abrigo do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização e já resolveram o seu futuro profissional. Os restantes continuam a receber subsídio de desemprego e outros estão inseridos em programas ocupacionais na Azambuja. Por concluir estão dois projectos que prometem minorar os efeitos do fecho da GM na região: a plataforma logística da Castanheira do Ribatejo e o complexo empresarial que irá nascer nos antigos terrenos da fábrica.Inaugurada em 27 de Agosto de 1963, a fábrica da Azambuja começou a produzir camiões Bedford a um ritmo de três unidades por hora com uma equipa de 150 homens. No ano em que parou a produção a GM da Azambuja era a terceira melhor empresa do grupo na Europa em termos de índices de qualidade. Ocupava uma área total de 377 mil metros quadrados e produzia 76 mil carrinhas “Combo” por ano que exportava para 54 países, o que representava 0,6 por cento do PIB e 3,2 por cento do total das exportações nacionais. No final de 2005, e quando um forte clima de concorrência espanhol e polaco ameaçava a fábrica portuguesa, os trabalhadores da Azambuja não aceitaram o novo acordo laboral proposto pela GM e, com custos acrescidos de quase 500 euros por cada viatura que saía da linha de montagem, o fabricante americano decidiu fechar portas e deslocalizar a fábrica para Saragoça. Recorde-se que o município de Azambuja ainda não recebeu quase 900 mil euros respeitantes a compensações pela isenção de taxas, licenças e impostos de quando a GM se instalou e alargou as suas instalações em Azambuja. Segundo a autarquia a General Motors Portugal pagou uma indemnização de quase 17,702 milhões de euros ao Estado português por ter rompido o contrato de investimento respeitante à linha de montagem mas o Ministério das Finanças, até Outubro de 2009, ainda não transferiu nenhuma verba para a câmara.No ano em que parou a produção a GM da Azambuja era a terceira melhor empresa do grupo na Europa em termos de índices de qualidade. Ocupava uma área total de 377 mil metros quadrados e produzia 76 mil carrinhas “Combo” por ano que exportava para 54 países, o que representava 0,6 por cento do PIB e 3,2 por cento do total das exportações nacionais.

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