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“Um Cesto de Cerejas” no Museu do Neo-Realismo

O livro “Um Cesto de Cerejas – Francisco Castro Rodriges – Conversas, memórias, uma vida” vai ser apresentado na quinta-feira, 19 de Novembro, às 21h30, no auditório do Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira. A organização, introdução e notas são de Eduarda Dionísio. A sessão vai contar com a participação do Arquitecto Francisco Castro Rodrigues, Eduarda Dionísio, Vítor Silva Tavares e Arquitecto José Manuel Fernandes.Francisco Castro Rodrigues, arquitecto, nasceu em Lisboa em 1920. A partir de 1942, e após uma curta passagem pelo Instituto Superior Técnico, estudou Arquitectura no Instituto Superior de Belas Artes, manifestando especial inclinação para o Urbanismo.A sua juventude é marcada pelo activismo político, tendo sido membro da facção juvenil do MUD (Movimento de Unidade Democrática) e militante do PCP. A sua prisão em 1947 acabou por inviabilizar um cargo público em Lisboa, acabando por fixar-se em Angola, primeiro como chefe de repartição e, posteriormente, como director dos Serviços de Urbanização e Arquitectura da Câmara Municipal do Lobito, onde desenvolve profícua actividade na construção da cidade, liderando projectos para edifícios públicos e particulares. Também aí manteve a sua intervenção política e cívica, tendo sido delegado de Humberto Delgado às eleições presidenciais de 1958.Não obstante a importância reconhecida nas diferentes fases da uma carreira sempre marcada pela afirmação dos valores e técnicas da arquitectura e da construção modernas relativamente à ortodoxia da disciplina, fica irremediavelmente conhecido como “o arquitecto que construiu o Lobito”.Eduarda Dionísio é natural de Lisboa (1946). Filha do escritor Mário Dionísio (1916-1993). Tal como ele, licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Professora do ensino secundário, como o tinham sido também seu pai e sua mãe, leccionou em diversas escolas da capital (Maria Amália, Camões, Cidade Universitária, Gil Vicente).A actividade de Eduarda Dionísio passa pela escrita, pela pintura, pelo teatro, pelo ensino e pela imprensa. O seu discurso, que se pretende dissonante no meio intelectual, interventivo, um dos poucos realmente críticos do estado das coisas: pela recusa da especialização, da mediatização e do compromisso com o poder.Trabalhou no teatro universitário, amador e profissional (Grupo de Teatro da Faculdade de Letras, Ateneu Cooperativo de Lisboa, Cornucópia, O Bando e Contra-Regra, que fundou) como actriz, cenógrafa, dramaturgista, tradutora e autora de textos. Tem vários livros publicados, entre romances, manuais, ensaios e peças de teatro (o mais recente é T.M. - PROVAS DE CONTACTO) e artigos dispersos por diversas publicações.Foi co-fundadora do jornal CRÍTICA (1971-1972) e, em 1994, da associação cultural ABRIL EM MAIO. Para o teatro, traduziu (entre outros e normalmente em colaboração) textos de Shakespeare, Schnitzler, Brecht, Müller e Jon Fosse (SONHO DE OUTONO, para os Artistas Unidos). É coordenadora da Casa da Achada - Centro Mário Dionísio.

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