O orgulho no diploma
Quando lhe pedimos para escolher uma peça com a qual iria posar para a fotografia, Maria Antónia Póvoa preteriu qualquer objecto que se encontrava em cima da mesa. Num ápice, agarrou com orgulho no diploma que atesta a sua participação no 13.º Encontro Nacional de Coleccionadores de Alcanena. Veio do Porto Alto (Benavente) e não é uma estreante nestas andanças. “Já é o quinto ano consecutivo que venho. Gosto do convívio com os outros e sempre me distraio um bocadinho”, explica. Um verdadeiro coleccionador colecciona de tudo um pouco e, por isso, Maria Antónia faz colecção de postais, calendários de bolso, pins, copos com símbolos, pacotes de açúcar e chávenas de café. Em cima da mesa não há muitas para a troca mas para a participante, que vem acompanhada pela cunhada Maria Adelina Espada, isso não é o mais importante. Foi aliás, o seu irmão Manuel, coleccionador exímio de chávenas de café, que lhe incutiu o prazer pelo coleccionismo, descoberto já depois dos 60 anos. Um gosto que a faz sair de casa, conversar, conhecer outras pessoas e reencontrar outras tantas. Porque muitos dos coleccionadores ali presentes, cerca de 240, já se conhecem de outras reuniões que se realizam, esporadicamente, um pouco por todo o país. Os pacotes de açúcar são os elementos de colecção que mais abundam no amplo espaço. Há que saber a técnica: por norma, são cortados com um x-acto, com muito cuidado, fazendo-se um pequeno corte junto à costura do pacote. Em seguida o açúcar é despejado e metem-se uns livros em cima para que fique bastante espalmado. A maioria dos coleccionadores com quem falámos em Alcanena diz já ter trocado peças com outros participantes e até números de telefone não vá aparecer a oportunidade de conseguir ter o que ainda falta. Porque como diz Vítor Domingos, coleccionador de Tomar, nestes encontros também se vão coleccionando muitas amizades. Elsa Ribeiro Gonçalves
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