Grupo de Guias de Portugal vence Festival do Arroz Doce em Torres Novas
Estiveram a concurso 26 pratos deste doce confeccionado por participantes de várias regiões
O júri do festival teve em atenção na escolha dos melhores arroz-doces os níveis de açúcar, a quantidade de sal, ovos e o respeito pelas receitas tradicionais.
As Guias de Portugal, grupo de Torres Novas, venceram a sexta edição do Festival do Arroz Doce, promovido pela Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant) que decorreu em Torres Novas, numa competição algo renhida, pautada pela tradição e pela originalidade. O arroz doce vencedor foi confeccionado por um grupo de raparigas com idades entre os 14 e os 17 anos em casa da mãe de uma delas. A receber o prémio estiveram Nadine Costa, Carolina Conceição e Alexandra Neves que não estavam à espera da vitória neste concurso em que resolveram participar à última hora. Na hora da vitória as guias não esqueceram as colegas Leonor Pedro, Beatriz Lopes e Rita Dias, que deram uma ajuda preciosa mas que não puderam estar presentes para festejar. Como vencedoras, as jovens tiveram que confeccionar uma tachada do doce para oferecer na terça-feira aos visitantes do festival, que decorreu em paralelo com a Festa da Sopa, Feira dos Stocks e feira do Livro, no pavilhão da Nersant de Torres Novas. Apesar da tarde chuvosa, no domingo 29 de Novembro, foram muitas as pessoas que visitaram o certame, no qual estavam 26 pratos de arroz doce a concurso. O júri constituído por Filipa Vacondeus, Chefe Silva, Odete Silva e João da Guia, atribuiu ainda o segundo lugar ao doce apresentado pela Santa Casa da Misericórdia da Golegã e o terceiro lugar ao grupo “Cecu de Dança”. O prémio de inovação foi para a Herdade Vale Freixo, do Cadaval, que apresentou as “bombocas (cone de chocolate) com arroz doce”. Raquel Antunes, proprietária da herdade e a autora da inovação, participa no evento desde 2006 e todos os anos têm conquistado um lugar entre os melhores arroz-doces a concurso.Raquel Antunes diz que teve a ideia de ligar o chocolate ao arroz doce porque o marido não gosta de canela que é usada para enfeitar o doce, realçando que o importante “é fazer as coisas com amor e gosto”, lembrando que o seu arroz doce tradicional, uma receita que herdou da sogra, também foi premiado noutros anos. Os critérios para distinguir as melhores receitas, revelou o chefe Silva, passaram pelo nível de açúcar, sal, ovos e pelo respeito ao conceito tradicional deste doce tipicamente português. “O Festival tem melhorado, nota-se que se tem inovado”, procurando manter a tradição, comentou. Filipa Vacondeus destacou a importância de não deixar perder “a nossa identidade culinária”, realçando que a “cozinha é como a língua portuguesa”. Todos os anos as receitas a concurso têm melhorado a “aparência, a confecção e a inovação”, aparecendo sempre coisas novas, comentou a gastrónoma que há uns anos ficou conhecida pela apresentação de programas de culinária na televisão. Uma das impulsionadoras do festival, Antónia Aguiar, considera que o prémio maior é a estima e o respeito pela manutenção das tradições.
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