A paixão pelas aves
Manuel Gomes, 78 anos, é o sócio número 12 do Clube Ornitófilo Ribatejano, fundado em 1986 no Entroncamento. Vive em Riachos, Torres Novas, e diz que tem no seu quintal cerca de 70 casais de canários distribuídos por sete viveiros. A sua rotina diária é gerida em função deste passatempo. “Há muitos anos que faço criação de passarinhos mas também tenho em casa pombos, rolas e galinhas, entre outros”. Nas mãos segura a gaiola que contém o seu “negro-vermelho–mosaico–macho”, que arrecadou o primeiro prémio (na sua classe) no Campeonato da União realizado no pavilhão gimnodesportivo municipal do Entroncamento. As aves são avaliadas durante dois dias por juízes da comissão técnica da Federação Portuguesa de Ornitologia que, sem saberem a quem pertencem, as avaliam de acordo com parâmetros já definidos e que passam pelo desenho, a cor, a forma, a plumagem, a postura no poleiro e a sua condição física. Mas há outros factores que podem contar no momento de atribuir valores. Uma ave que, por exemplo, tenha lixo numa pata pode ser penalizada. Manuel Gomes dedica-se à criação de pássaros desde 1982, altura em que regressou de França, onde trabalhou como mecânico nas oficinas da Renault. Criar aves é uma paixão que requer disponibilidade. Para este homem não há sábados, domingos ou feriados. “De manhã vou ao café e depois vou para os pássaros. Tomo conta da minha mulher e depois vou aos pássaros. Vou almoçar e volto aos pássaros… a minha vida é isto”, conta. “Normalmente todos começamos com o passarinho na varanda mas a paixão vai crescendo até mais não”, atesta António Silva, presidente do clube. Elsa Ribeiro Gonçalves
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