- A Risa organizou no passado dia 3 de Dezembro no Auditório do Nersant, um Seminário sobre as Normas Internacionais de Contabilidade (SNC), que contou com cerca de 250 participantes.          - Presença do Dr. Leopoldo Alves (membro da Comissão de Normalização Contabilística) que fez um brilhante enquadramento histórico e o impacto que vai ter o SNC no futuro da contabilidade. - Sobre o tema, houve intervenções do director da Risa (Dr. Jorge Pires), bem como do Dr. João Gomes, João Mendes e também uma intervenção do Dr. Carlos Quaresma (BES), que fez uma intervenção sobre o impacto do SNC no relacionamento da Banca com as Empresas.     Algumas conclusões:- o SNC é um virar de página na história da contabilidade em Portugal (acaba o “velhinho” POC).- Vai permitir que as normas de contabilidade das empresas sejam iguais em toda a Europa, facilitando assim a análise dos balanços, seja em que país for. Vai também permitir que um Técnico Oficial de Contas Português possa trabalhar em Espanha ou França, pois o Sistema de Normalização Contabilística (SNC) é um modelo contabilístico baseado nas normas internacionais de contabilidade, que são transversais em toda a Europa. Claro que um TOC Espanhol ou Francês também pensará o mesmo.- O SNC pretende que a contabilidade transpareça a realidade económica e financeira das empresas, e não apenas o resultado fiscal, pelo que haverá uma oportunidade de através dos critérios das valorizações dos activos e passivos, poder ser uma oportunidade para as empresas melhorarem os seus capitais próprios e assim permitir melhor acesso ao crédito bancário. Uma das alterações basilares do SNC é a preponderância dada ao justo valor dos activos detidos pelas empresas, em detrimento do custo histórico.- Estão previstos diversos níveis de exigência de acordo com a dimensão das empresas.- O SNC vai obrigar os TOC a uma reconversão de conceitos e aplicação de novas regras (não só novas contas).- O SNC não é “apenas” um problema da informática (longe disso), pois a informática apenas vai ser uma ferramenta para a passagem de ano, quer das contas, quer dos valores (com as respectivas equiparações prévias efectuadas pelos TOC).