Uma lancha de desembarque e dois veículos anfíbios dos fuzileiros navais portugueses ficaram fora de combate durante algumas horas na quinta-feira, dia 10 de Dezembro, por se terem emaranhado nas redes ilegais de pesca ao meixão (enguia bebé) que minam o Tejo entre Santarém e Vila Franca de Xira.Habituados a missões com outro grau de risco e de dificuldade, os militares estariam longe de pensar que nessa missão de reconhecimento iriam ter como inimigos as redes que se entrelaçaram nas hélices das embarcações. A malha das redes usadas pelos pescadores ilegais para apanhar o meixão, que é depois vendido para Espanha ao preço do ouro, é tão fina que até apanha o que não deve, como se verificou neste caso. Talvez esta seja a oportunidade ideal para se declarar guerra a sério aos infractores que ganham a vida à custa dessa ilegalidade. Sejam eles pescadores, intermediários ou os donos dos restaurantes onde eles são consumidos no país vizinho.