
Unidade de Cuidados Continuados de Saúde inaugurada na Chamusca
Câmara municipal quer que unidade preste também serviços à população do concelho
Autarquia comparticipou com cerca de 700 mil euros na adaptação do antigo hospital da Misericórdia da Chamusca e quer que a nova unidade passe a prestar serviços de saúde à população.
Ainda não há uma data definida para começar a receber doentes, mas a Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia da Chamusca (SCMC), foi inaugurada no dia 10 de Dezembro. O provedor da instituição espera que “ainda este ano ou logo no início de Janeiro, seja possível abrir as portas aos utentes. As alterações a fazer são muito fáceis de resolver”, disse Fernando Barreto.A cerimónia de inauguração, muito participada pelas forças vivas e população local, e sem a participação de qualquer membro do Governo, foi presidida pela nova governadora civil, Sónia Sanfona. Na altura foram assinados protocolos de funcionamento com a Administração Regional de Saúde e o Instituto da Segurança Social.No seu discurso, Fernando Barreto garantiu que a Misericórdia da Chamusca acabava de cumprir um sonho já com mais de uma década. Salientou o elevado espírito de cooperação da Câmara Municipal da Chamusca, “que tem sido um forte ponto de apoio para a valorização do património da instituição, nomeadamente no apoio à recuperação e construção do lar da terceira idade, creche e jardim-de-infância, Edifício de S. Francisco, Cine-Teatro, Praça de Touros e Capela Mortuária”.O provedor fez votos para que as parcerias com o Estado se mantenham bem vivas. “Porque sem elas não teremos hipóteses de apoiar condignamente os mais carenciados e atingir os nossos objectivos de ver esta unidade de saúde ser reconhecida como entidade prestadora de cuidados continuados de excelência, que assume a centralidade dos utentes como o seu principal compromisso”, referiu.Inês Guerreiro, coordenadora da Unidade de Missão dos Cuidados Continuados Integrados, destacou a inauguração desta estrutura na região do país que mais carece de respostas a esse nível. A Unidade de Cuidados Continuados da Chamusca (UCC), com um total de 43 camas, conta com as tipologias de internamento de média duração e reabilitação (21 camas) e de longa duração e manutenção (22 camas).Depois da correcção de “algumas inconformidades”, a UCC estará apta a receber, nas próximas semanas, pessoas em situação de dependência com falta ou perda de autonomia, de acordo com os protocolos assinados.Câmara da Chamusca quer mais valências A Câmara Municipal da Chamusca, fez um grande esforço de investimento na recuperação do espaço, por isso espera que a unidade possa prestar outros serviços de saúde à população do concelho. O presidente da Câmara da Chamusca, Sérgio Carrinho (CDU), referiu o “esforço gigantesco” que representou para a comunidade o investimento na UCC que nas próximas semanas irá integrar a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), sublinhando a necessidade de “cooperação” entre as diversas entidades.Sérgio Carrinho afirmou que a autarquia comparticipou com cerca de 700.000 euros na adaptação do antigo hospital da Misericórdia da Chamusca, um investimento que ultrapassou os dois milhões de euros e que contou com apoios comunitários de 500 mil euros.Para o autarca, a existência desta unidade, que passará a funcionar em permanência (24 horas por dia ao longo de todo o ano), terá forçosamente que proporcionar outros serviços de saúde a uma comunidade que vive num vasto território, deficitário em termos de resposta do Serviço Nacional de Saúde e marcado pela dispersão de uma população envelhecida e com poucos recursos.Ao longo de todo o processo de candidatura, que foi acompanhado a par e passo pela autarquia, a posição dos executivos da Câmara da Chamusca em relação à requalificação do espaço, teve sempre em vista a possibilidade da população do concelho poder usufruir de alguns benefícios do investimento que fez. Por isso, Sérgio Carrinho espera ser possível que a Misericórdia possa vir a protocolar a prestação de serviços, como consultas, atendimento às populações e realização de exames médicos, como raio-x, electrocardiograma ou ecografias, meios de diagnóstico que não existem no concelho. O autarca realçou ainda o facto de a abertura desta unidade criar 50 postos de trabalho, fixando no concelho quadros da área da saúde.

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