uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

De política promissora ao subsídio de desemprego

A ex-vereadora da Câmara Municipal de Santarém, Vânia Neto (PSD), considerada uma promessa da política escalabitana, candidatou-se ao subsídio de desemprego após deixar as funções autárquicas em Outubro passado, baseando-se no período em que prestou serviço no município como jurista avençada, entre 2006 e 2009. Quem acompanhou a sua ascensão política nos últimos cinco anos dificilmente vaticinaria esta situação, que a jurista não confirmou apesar de O MIRANTE a ter validado junto de fonte fidedigna.A jovem jurista - que se encontra a concluir o doutoramento – foi vereadora do PSD entre Março e Outubro de 2009, substituindo Lígia Batalha. A sua tomada de posse, no dia 3 de Março, encheu o salão nobre dos paços do concelho de funcionários, amigos, autarcas, companheiros de partido e jornalistas. Foi o único elemento do executivo que entrou durante o mandato a protagonizar uma cerimónia com essas dimensões. E a receber elogios rasgados do presidente da câmara Francisco Moita Flores (PSD).“Estava a acompanhar o desabrochar de um dos melhores quadros com quem alguma vez trabalhei. Já era de facto uma profissional de grande qualidade, talvez do melhor que Santarém produziu nos últimos anos. Tornou-se no meu braço direito por mérito próprio”, disse na altura Moita Flores, de quem Vânia tinha sido adjunta.Dessa auspiciosa manhã até ao final do mandato muita coisa mudou. E Vânia Neto não lhe viu ser renovada a confiança por parte de Moita Flores. As razões para esse distanciamento não ficaram completamente apuradas. Mas o facto de a vereadora e militante social-democrata não ter comparecido à reunião do executivo em que foi votada a atribuição da Medalha de Ouro da Cidade ao primeiro-ministro socialista José Sócrates ajudou à viragem (ver texto na página 29). Vânia Neto reconhece que o caso da medalha a José Sócrates criou algum mal-estar, mas diz a O MIRANTE que saiu da política autárquica e da vida pública pelo seu pé e que ficou “vacinada” quanto ao exercício do poder local. Neste momento está empenhada num “objectivo de vida”, que é concluir o doutoramento em Direito Fiscal. E também reconhece que o facto de estar no mesmo executivo municipal que o seu noivo, o vereador Ricardo Gonçalves (PSD), com quem vai casar, não seria muito confortável em termos políticos para ambos.

Mais Notícias

    A carregar...