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Confraria da enguia nasce em Salvaterra de Magos

Confraria da enguia nasce em Salvaterra de Magos

Nomeado o chanceler Custódio Silva e entronizados quinze fundadores

Gostam de comer bem e juraram promover a enguia como produto gastronómico de eleição. Formaram a Confraria da Enguia, em Salvaterra de Magos.Ricardo Carreira

Custódio Silva é o chanceler da Confraria, que foi apadrinhada pela vizinha Confraria do Torricado de Bacalhau, de Samora Correia. O chanceler ficou com o cognome de ”vai à proa”. O secretário tem o epíteto de “pescador” enquanto o tesoureiro é o “narça”. Os confrades vindouros são os meixões.No auditório do Centro de Interpretação do Cais da Vala decorreu o ritual de entronização dos novos confrades. O chanceler da Confraria do Torricado de Bacalhau, de Samora Correia, Manuel Teles Fernandes, apadrinhou a entronização dos confrades vizinhos. Primeiro entronizou Custódio Silva, que leu o juramento de defesa e promoção da enguia e recebeu o cordão com medalha, símbolo da confraria. Por cada confrade empossado, outro se seguia ao toque de ferrinhos.Os trajes são elaborados. Têm a ver com a realidade do concelho e da confraria. A capa azul releva a água e o verde, a realeza. A gravata bordada com uma enguia cinzenta é dos confrades fundadores, a enguia bordada a castanho destina-se aos vindouros. Camisa branca, calça preta e chapéu acinzentado à lavrador completam o traje. O cordão amarelo e azul – cores do concelho de Salvaterra de Magos – é colocado ao pescoço. Segura a medalha com o brasão da confraria onde figuram o barco, a água, a narça e a enguia. A data da fundação da Confraria da Enguia é 17 de Novembro de 2008 e também está inscrita na medalha.Gostar de enguias e abrir os cordões à bolsa Ser confrade é para quem pode, não para quem quer. Quem não gosta de enguias fica de fora. “Somos mais um grupo de gastrónomos que gosta de comer bem e formalizámos esta confraria. Havia a lacuna de termos o Mês da Enguia e não existir uma confraria para a promover”, explica Custódio Silva. O chanceler confessa que nunca foi grande pescador de enguias à beira rio. Sempre preferiu pescar no prato. “Não dá tanto trabalho”, garante. Sobre os confrades diz que não se trata de qualquer grupo elitista de adeptos do bom comer e beber. “Além de gostar de enguias, há que ter espírito de irmandade e querer manter a tradição.Quem almeja ser confrade tem de ser convidado por um dos membros a estar presente nas refeições que se vão realizar à média de uma por mês. Depois será avaliado na altura em que se propuser a confrade. Os fundadores decidem. Terá de ser assíduo, não provocar confusões e estar disposto a gastar algum dinheiro. Há penalizações de dez euros para quem fale de trabalho e política à mesa.Nas reuniões degustativas, compostas sempre de um prato de enguias, seja entrada ou prato principal, cada confrade contribui com dez euros para que um bolo se vá acumulando. A verba é entregue a uma instituição de beneficência ou caridade. Presente na cerimónia a presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, Ana Cristina Ribeiro (BE), que apesar de gostar de enguias (ainda) não é confrade, salientou a importância da confraria para ajudar a implementar o Mês da Enguia no concelho e a enguia como prato gastronómico.
Confraria da enguia nasce em Salvaterra de Magos

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