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Câmara de Ourém vai cortar 30 por cento na despesa para equilibrar orçamento

Câmara de Ourém vai cortar 30 por cento na despesa para equilibrar orçamento

Uma das medidas passa pela redução dos apoios às associações do concelho

A frota automóvel, a renegociação dos seguros e o corte nas horas extraordinárias são outras áreas onde a autarquia quer reduzir custos.

A Câmara Municipal de Ourém pretende diminuir as despesas correntes em 30 por cento com o objectivo de equilibrar o orçamento, diz a vereadora com o pelouro da administração e finanças, Lucília Vieira. “O que nós queremos tão só é equilibrar o orçamento, porque efectivamente uma casa que gaste muito mais que o que recebe anualmente está condenada”, afirma, explicando que uma das medidas passa pela redução dos apoios às associações.“Em primeiro lugar e onde nos vai permitir reduzir mais é nos apoios que têm sido concedidos às associações”, adianta a autarca, eleita pelo PS, garantindo que os apoios vão prosseguir mas não com os valores do passado, que se cifravam em cinco milhões de euros.Defendendo a continuidade dos subsídios às colectividades com “rigor”, e “conta, peso e medida”, Lucília Vieira declara-se convicta de que esta medida vai permitir ao município “economizar alguns milhões anualmente”. A responsável acrescenta que os cortes vão chegar a outras áreas, como a “prestação de serviços na área jurídica” ou a “elaboração de projectos e do acompanhamento de obra”.“A Câmara de Ourém tem centenas de processos em tribunal por situações mal conduzidas, decisões mal tomadas, sem haver qualquer contratualização de serviços jurídicos”, refere a vereadora, considerando ainda que o município pode poupar nos projectos, dada a existência de “um corpo técnico que pode internamente” executar este trabalho.A frota automóvel, a renegociação dos seguros e o corte nas horas extraordinárias - que já iniciou - são outras vertentes desta medida. “Não tenho dúvidas que, contas feitas no final disto tudo, vai permitir-nos equilibrar o orçamento”, declara Lucília Vieira, reconhecendo, contudo, dificuldades em atingir no imediato este objectivo.“Gostava muito de atingir o objectivo já este ano, mas em passivo de curto prazo, ou seja, facturas para pagar na secretaria, algumas delas já de há dez meses, nós temos 12 milhões de euros”, aponta a vereadora, salientando que esta despesa está “a hipotecar o orçamento deste ano”.Questionada sobre o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), segundo o qual as administrações locais e regionais vão ser sujeitas a uma regra de endividamento líquido zero, Lucília Vieira assegura que o trabalho da autarquia “vai ao encontro disso”, mas admitiu que “vai ser muito complicado”.“Nós estamos com um endividamento de 50 e tal milhões de euros”, observa, anotando ainda “outro problema”, que é o facto de a capacidade de endividamento estar “esgotadíssima”.“Não podemos contrair mais um empréstimo bancário”, mas “estamos no último Quadro Comunitário de Apoio e há obras que se não fizermos agora não vamos ter oportunidade de fazer”, acrescenta a vereadora. O orçamento para 2009 da Câmara Municipal de Ourém previa uma despesa e receita globais de 54,9 milhões de euros, sendo a despesa corrente de 23,8 milhões de euros e a de capital de 31,1 milhões de euros.
Câmara de Ourém vai cortar 30 por cento na despesa para equilibrar orçamento

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