Camiões estacionados ilegalmente em urbanização de Benavente incomodam moradores
Sinalização proíbe paragem de pesados mas as infracções repetem-se diariamente
Os moradores da urbanização Ribassor, em Benavente, estão revoltados com o estacionamento de camiões no local, que reduzem o número de lugares disponíveis para os veículos ligeiros, abatem o asfalto e danificam os passeios. A alternativa para os pesados está a poucos metros do bairro, mas poucos condutores querem lá deixar os veículos.
Um sinal à entrada da urbanização Ribassor, em Benavente, próximo do Centro de Saúde da vila, proíbe a circulação de veículos com peso superior a 10 toneladas mas isso não impede os camionistas deixam de estacionar os veículos pesados no local.A situação está a revoltar os moradores do bairro, que se queixam da diminuição dos lugares disponíveis para estacionamento dos veículos ligeiros e dos ruídos causados pelas arcas frigoríficas. Muitos dos camiões ali estacionados pertencem a moradores da urbanização. “Aos fins-de-semana e todos os dias durante a noite é quando o problema é maior, chegam a estar dentro da urbanização uns 10 camiões. E nós, os moradores, temos de ir deixar os carros para lá do centro de saúde e de qualquer maneira em cima dos passeios porque não temos outra hipótese”, queixa-se Hermindo Ferreira, residente. Os pesados também têm causado transtornos na Escola Básica 2,3 Duarte Lopes, cuja entrada se situa dentro da urbanização. “Já tivémos dias em que a entrada da escola ficou tapada por camiões. Numa das vezes os camiões estacionaram em vários locais e taparam tudo. Por falta de alternativa os moradores estacionaram os carros frente aos portões da escola. De manhã ninguém entrava nem saía. Felizmente conhecia alguns dos proprietários e pedi que tirassem os carros senão tinha de pedir às autoridades para o fazer”, conta um funcionário do estabelecimento de ensino a O MIRANTE.Para Anabela Dias, moradora da urbanização, o estacionamento de pesados no interior do bairro é um “desrespeito” por quem ali vive. “Ninguém proíbe as pessoas de ter aqui a sua casa, nem tão pouco dizemos aos moradores para venderem os camiões. O que acho que deve haver é mais respeito. Não se admite que tenha de acordar às 05h00 com o barulho do camião do meu vizinho a encher os tanques de ar para arrancar, pois não? Ainda por cima quando existe sinalização a proibir a sua permanência aqui dentro da urbanização”, critica.O abatimento do asfalto e a destruição de passeios são outras das críticas da população. A pouca distância, próximo do pavilhão da Casa do Povo, existe um parque de estacionamento concebido para pesados, mas poucos estacionam ali as suas viaturas. “Fica longe do bairro, tem pouca iluminação e é pouco vigiado. Os camionistas sentem-se inseguros nesse sítio. Ainda há um mês fizeram vários cortes na lona de uma galera para tentar roubar o que estava no seu interior”, explica ao nosso jornal a esposa de um motorista. A Guarda Nacional Republicana de Benavente garante que tem multado alguns condutores. “Compreendemos que as pessoas tentem levar o camião até à porta de casa mas existe sinalização que deve ser cumprida. Sempre que a ronda passa no bairro e se verificam situações de incumprimento, temos actuado em conformidade”, garante a força policial. Para o presidente da Câmara Municipal de Benavente, António José Ganhão (CDU), além da atitude repressiva, “é necessário persuadir e consciencializar os motoristas a estacionarem em locais próximos onde se encontram demarcados alguns lugares para estacionamento de pesados, evitando deste modo os incómodos causados aos residentes”.
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