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Jorge Lopes

Jorge Lopes

Proprietário da Clínica Sorridente, 46 anos,Carregado

Jorge Lopes tem 46 anos, dos quais 21 foram passados ao serviço da Força Aérea Portuguesa. Actualmente é proprietário de várias clínicas dentárias, depois de decidir abandonar a carreira militar e apostar na sua valorização profissional. Gosta de ser o seu próprio patrão e actualmente trabalha com a mulher na Clínica Sorridente, no Carregado.

Sou filho de um empregado da TAP e de uma doméstica. Nasci na Ota a 10 de Outubro de 1963 e ainda estou bastante ligado à terra. Embora já não tenha lá família, ainda temos lá propriedades. Quando saí da escola secundária escolhi a carreira militar. Fui para a Força Aérea, para a Ota, e entrei como oficial miliciano. Foi o meu primeiro emprego. Ao todo fiz vinte e um anos de serviço militar.Resolvi voltar a estudar por uma questão de valorização pessoal. Deixei a tropa e escolhi medicina dentária porque este curso mexe com uma área de que gosto imenso que é a área da implantologia e cirurgia ortodontia. A primeira clínica que abri foi há onze anos no Sobral de Monte Agraço. Depois, em parceria com um colega, abri outra clínica em Famões, em Odivelas. E daí seguiram-se as de Pêro Pinheiro e Torres Vedras. A última foi a Clínica Sorridente no Carregado. É muito agradável poder ser o meu próprio patrão. Poder gerir, administrar, tomar as minhas próprias decisões na minha profissão, que é ao mesmo tempo um negócio, um modo de vida e de subsistência. E é óptimo que possa ser eu a tomá-las por minha consciência sem ter ninguém a interferir directamente.Não tenho horário fixo. Mas de um modo geral começo a trabalhar às 09h00 até às 13h30, altura em que almoço. Recomeço o trabalho por volta das 14h00 ou 15h00 e depois há dias em que é até às 22h00 ou 23h00. Trabalho também ao sábado, normalmente o dia inteiro, e depois descanso ao domingo.Não levo trabalho para casa. Pela minha maneira de estar e de ser, tento separar as coisas. Mas sou, como se costuma dizer, um “rato de biblioteca”. Leio bastante, pesquiso bastante dentro da minha área, mas especificamente trabalho das clínicas não levo para casa. A não ser que seja algum caso muito pontual, que necessite de revisão bibliográfica para estar mais bem documentado. Trabalhar com a minha mulher não é complicado. Neste momento é uma situação transitória porque temos actividades profissionais diferentes. Mas conciliamos tudo perfeitamente. É uma relação que já dura há 25 anos por isso entendemo-nos e complementamo-nos perfeitamente.Sou muito ligado à família e à minha filha. Temos uma relação muito próxima, mas nem sempre consigo encontrar o tempo que desejava para estar com ela. Mas sempre que estamos juntos aproveitamos e conversamos muito.Pelo Dia do Pai ofereceu-me dois quadros. Fez-me logo a surpresa na véspera à noite. São dois quadros com fotografias comigo e com ela quando era bebé. Fiquei bastante sensibilizado.Sou um homem religioso, mas não sou um praticante a cem por cento. Acho que a religião deve ser praticada conforme sentimos a necessidade interior de a praticar. É assim que eu vejo a religião. Faço questão de ter férias todos os anos. Gosto de fazer umas pequenas férias no princípio do ano, de uma semana, e depois normalmente em Agosto tiro quinze dias. Para férias adoro calor ou sossego. Em Portugal, escolho sempre o Algarve. Fora do país, qualquer país que seja quentinho no mês de Janeiro serve. Porque gosto quando está frio por cá, de ir apanhar um bocadinho de sol para outro lado.Gosto muito de praticar golfe. É um dos meus passatempos favoritos, mas ultimamente não tenho conseguido arranjar tempo para praticar. Tirando isso, adoro ler e fazer investigação dentro da minha área de formação.Fazer aos meus doentes aquilo que gostaria que me fizessem a mim. Esse é o meu maior lema de vida. Tento sempre fazer bem e o melhor possível. Quando me dedico a um doente tento sempre fazer o melhor que posso e sei. Muitas vezes não se consegue, mas pelo menos da minha parte existe esse compromisso. Trato a minha própria família. Mas tento tratá-los da mesma forma como trato qualquer doente. Um familiar é apenas um doente como os outros e o que tem de ser feito, é feito. Patrícia Cunha Lopes
Jorge Lopes

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