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Rolhas de cortiça recicladas atingem 20 toneladas em 2009

O programa de reciclagem desenvolvido pela associação ambientalista Quercus recolheu 20 toneladas de rolhas de cortiça num ano, uma quantidade que deverá aumentar 50 por cento em 2010, com mais pontos de recolha, em todo o país.As rolhas de cortiça depositadas em cerca de 150 pontos de recolha são transportadas para o único centro de reciclagem autorizado para este fim, em Portugal, do Grupo Amorim, e trituradas, “transformando-se” numa nova matéria-prima utilizada em várias áreas.Pedro Sousa, da Quercus, explicou que as rolhas recicladas têm utilizações muito diversas, desde “a produção de revestimentos, isolamentos térmicos e acústicos até à produção de peças automóveis, indústria de calçado ou indústria aeronáutica”. Grande parte da cortiça obtida através da reciclagem destina-se à exportação.Depois de um esforço para expandir a rede de pontos de recolha, o número passou de cerca de 30 no ano passado para os actuais cerca de 150, nos hipermercados Continente, supermercados Modelo e nos centros comerciais Dolce Vita, distribuídos pelo país. O objectivo para 2010 é “tentar obter mais 50 por cento que no ano passado”, para o que já foi lançada uma nova campanha de sensibilização, explicando “a importância da rolha como vedante sustentável e com qualidade extrema”, disse Pedro Sousa.O responsável da Quercus salientou a adesão de escolas que “desenvolvem acções de recolha de rolhas e de sensibilização da comunidade local” e de cerca de 60 autarquias, promovendo a recolha selectiva e disponibilizando contentores específicos. Entre os objectivos do programa, chamado “Green Cork”, está “a protecção do montado de sobro, um dos ecossistemas mais ricos da Europa e o único verdadeiramente original em Portugal”.Apoiar esta actividade económica, que “é sustentável”, é outra das metas, assim como a absorção de dióxido de carbono (CO2) pelo montado de sobro. “Todo o dinheiro obtido com a matéria-prima das rolhas que entram no reciclador é doado à Quercus para reflorestar o país com espécies autóctones”, realçou ainda Pedro Sousa. Os sobreiros estão protegidos em Portugal por legislação específica que proíbe o seu abate e substituição por outras espécies.

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