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Vida de cidadão no “complex” das finanças de Rio Maior

Há dias, por razões profissionais, desloquei-me à Repartição de Finanças de Rio Maior. Não tenho forma de explicar o cenário com que me deparei. Aliás já não é a primeira vez que isto me acontece.Três máquinas de senhas. Uma a funcionar, outra só em parte e uma terceira fora de uso. O ecrã onde deviam surgir os números de chamada estava desactivado. À volta, inúmeras folhas A4 absolutamente inúteis com textos longos que ninguém lia. Era geral a confusão! Impossível ouvirem-se os funcionários chamar pelos números das senhas. E como saber que senha tirar para tratar o nosso assunto?Os funcionários interrompiam constantemente o atendimento para dizerem às pessoas que entretanto chegavam, qual a cor da senha que deviam tirar. Que caos! Ouviam-se palavras de revolta. Aqui e acolá clamava-se por Salazar...Como é possível uma repartição urbana funcionar tão mal? Os responsáveis terão os meios para o exercício das suas tarefas? Se os têm, quem fiscaliza este serviço público? Os nossos políticos vendem uma imagem de “simplex”, mas a cada passo deparamo-nos com uma pesada burocracia que nos paralisa.Devo ainda dizer que depois do esforço inglório de dois funcionários, acabei por sair e ir resolver o assunto por outras vias. As tais “vias” que são verdadeiros abutres que se alimentam da desgraça alheia.Pagamos impostos para sermos servidos desta maneira? Faltamos ao trabalho para sermos esmagados pela burocracia. Há-de faltar sempre mais qualquer documento ou impresso! Um pouco por todo o lado tropeçamos com realidades semelhantes. São imagem de um país à deriva. E pensar que pagamos para ver este filme mais próprio de um “Fantasporto”. Que ironia, na cidade que há anos regateava para si o privilégio de: “Aqui começa Portugal”!António Esperança

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