Governo e 120 entidades querem sector hortícola a “falar a uma só voz”
O ministro da Agricultura assinou segunda-feira um memorando de entendimento com 120 entidades ligadas ao sector hortícola (legumes, frutas e flores), que visa a criação, no prazo de quatro meses, de uma estrutura representativa dos produtores portugueses. “Esta iniciativa é importante para que empresas e associações do sector hortícola português falem a uma única voz”, salientou o ministro António Serrano, sublinhando que este sector tem um peso de “36 por cento da produção agrícola nacional”.O memorando foi assinado no Ministério da Agricultura, entre o Governo e representantes de 98 por cento do sector, prevendo que dentro de quatro meses seja definido o modelo definitivo da nova entidade público-privada, que será responsável pela estruturação do sector, facilitando os mecanismos de produção e distribuição, quer a nível interno, quer em termos internacionais. “Esta entidade vai melhorar a cadeia de produção do sector e incrementar as vendas, em Portugal e no estrangeiro, e será um instrumento para fomentar a coesão do sector”, assinalou António Serrano.O governante acrescentou que a nova entidade “vai acompanhar permanentemente as empresas nacionais no mercado interno e no exterior, com o intuito de aumentar as exportações”, recordando o sucesso do trabalho semelhante que foi feito no sector vinícola, com a criação do ViniPortugal. “O que já foi feito nos vinhos e no azeite portugueses são exemplos extraordinários que queremos estender a este sector, que é mais disperso”, referiu.Mas o Governo pretende ir ainda mais longe, prometendo promover iniciativas semelhantes com a carne, o leite e o arroz portugueses. “O objectivo último é vender melhor, em Portugal e no estrangeiro, reduzindo as importações e aumentando as exportações, o que ajuda a balança comercial do país”, frisou o ministro.A nova entidade é vista pelo Executivo como sendo capaz de “fomentar a coesão do sector hortícola, incrementar as receitas e promover a introdução de produtos portugueses em novos mercados”.
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