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Uma cidade num concelho onde a sede é vila e tem menos habitantes

Samora Correia é um caso único no distrito de Santarém

Presidente da câmara de Benavente desvaloriza a situação e diz que a elevação de vilas a cidades é só uma questão de “ego” porque nada traz em termos de benefícios.

A cidade de Samora Correia, no concelho de Benavente, tem uma situação original no país e única na região. É a única localidade do distrito de Santarém que é cidade num concelho em que a sua sede é vila. Benavente até tem condições para propor a sua elevação a cidade, mas os autarcas de freguesia entenderam que era melhor manter-se na situação actual. Até porque, diz o presidente da câmara, António José Ganhão, essa mudança não traz qualquer vantagem à sede de concelho a não ser “uma questão de ego”. A passagem de Samora Correia a cidade foi aprovada por unanimidade pela Comissão do Poder Local na Assembleia da República e decidida pelos deputados no dia 12 de Junho de 2009. Para esta aprovação não foi indiferente o crescimento populacional rápido, como o próprio presidente da câmara refere, por gozar de uma situação privilegiada, que é o facto de estar perto da área metropolitana de Lisboa e ter boas acessibilidades à capital. Samora é a freguesia do concelho com maior número de habitantes e isso implica uma atenção especial por parte do município. António José Ganhão lembra que todos os equipamentos estavam na sede de concelho, mas com o desenvolvimento de Samora Correia a câmara foi obrigada a fazer mais investimentos na freguesia. Ao ponte de hoje ter duas escolas dos segundos e terceiros ciclos, enquanto Benavente tem só uma. Foi também necessário nos últimos anos construir dois pavilhões desportivos na cidade. Uma situação que leva o autarca da CDU a dizer que “é como se tivéssemos dois concelhos dentro de um concelho”. “É natural que se invista mais em Samora Correia porque também é onde há mais população”, acrescenta o presidente da câmara. E reconhece que o facto de ter uma cidade no concelho representa um maior esforço por parte do município também ao nível da prestação dos serviços. António José Ganhão prevê que a sede de concelho possa vir a crescer mais do que tem crescido nos últimos anos, com a porta que foi aberta com a Ponte da Lezíria, que fica entre as duas localidades. O presidente diz que esta infra-estrutura, aberta há três anos e que constitui um novo acesso a Lisboa, vai tornar a vila de Benavente mais atractiva não só à fixação de pessoas como à instalação de empresas, o que já se começa a sentir. Segundo os últimos Censos, de 2001, Benavente tinha uma população 8.304 pessoas. Em conjunto com as freguesias de Santo Estêvão e Barrosa a população chegava aos 10.420. Enquanto em Samora Correia os Censos de 2001 apontavam para 12.710 residentes fixos. No concelho vizinho, Vila Franca de Xira, lembra António José Ganhão, chegou a haver uma situação idêntica com a cidade de Alverca e a vila de Vila Franca de Xira, situação que se ultrapassou há 26 anos com a elevação da sede de concelho a cidade.

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