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Festas populares são pretexto para sair de casa

Moradores da freguesia de Vialonga dão sugestões para melhorar a iniciativa

As festas populares e em honra de Nossa Senhora da Assunção em Vialonga são uma boa oportunidade para conviver com os amigos, provar petiscos e ver espectáculos com associações da freguesia. O espaço onde decorrem os festejos, próximo da igreja, é limitado e há quem defenda que a organização deve começar a sonhar mais alto.

A emoção de ver a procissão passarElvira Sarabando, 81 anos, reformadaA idade já não perdoa e por isso Elvira Sarabando, 81 anos, não deverá visitar a festa de Vialonga a não ser para assistir à procissão de domingo. “Para a juventude as festas são sempre boas. Para mim o mais importante é ver Nossa Senhora passar ao pé dos bombeiros”. A iniciativa é importante porque divulga o melhor que a freguesia tem. Elvira Sarabando já notou contudo que houve mais contenção no programa das festas deste ano. “Antigamente a festa era muito maior e mais bonita, havia carrosséis e outras diversões. O ano passado houve pouco e este ano haverá ainda menos”, prevê.O regresso da tradição das cavalhadasLopes Ribeiro, 44 anos, empresárioPara Lopes Ribeiro ir à festa de Vialonga é uma forma de descomprimir e conviver com os amigos. “Vou à festa todos os anos. Têm sido agradáveis e têm melhorado todos os anos. Agrada-me a diversidade das festas e as novas apostas no sentido de irem buscar algumas tradições antigas, como as cavalhadas”, refere. Para o empresário do ramo automóvel as festas têm melhorado com os anos mas há trabalho que ainda pode ser feito. O esforço de quem organiza é notório mas os meios também não são muitos. “Cada vez há mais dificuldade em fazer investimentos para tornar as festas melhores”, reconhece.Ver o cortejo passar à porta de casaAugusta Silva, 78 anos, reformadaDo portão de sua casa Augusta Silva consegue ver a procissão da festa de Vialonga. Nunca perde uma oportunidade de ver o ponto alto das celebrações católicas. “À festa não vou, sou franca. Mas quero ver a procissão. Estou doente e é apenas isso que vou poder acompanhar”. A reformada, de 78 anos, admite que este ano o cartaz das festas é mais fraco, o que no seu caso é uma vantagem. “A música alta pela noite fora incomodava-me e não deixava dormir quem aqui vive”. Para Augusta Silva as festas fariam mais sentido se decorressem num local mais amplo. “Haveria espaço para receber mais gente”, sugere.Dar um passeio e comer uma farturaPedro Silva, 74 anos, comerciantePedro Silva nunca falta às festas de Vialonga. “Moro mesmo na rua da festa e mesmo que não quisesse ir teria sempre de ouvir a música”, diz com um sorriso. Para este comerciante o maior atractivo das festas é o convívio. “Também gosto dos espectáculos musicais. Este ano está mais fraco, mas a crise manifesta-se em todos os sectores”, analisa. Uma coisa é certa: Vai dar uma volta e comer uma fartura. Pedro Silva admite que mudar o local das festas, que decorrem próximo da igreja, será difícil. “É tradição fazê-la neste lugar. Acho que até tem espaço suficiente para começarem a pensar em fazer algo diferente nos anos seguintes”, conclui.Falta um espaço amplo para realizar as festasCarlos Silva, 49 anos, mecânicoCarlos Silva, mecânico, residente na Verdelha do Ruivo, não perde uma oportunidade de ir às festas de Vialonga conviver com os amigos, provar os petiscos e conhecer o trabalho das várias associações da freguesia. “Não quer dizer que vá todos os dias, depende da minha disponibilidade. Sou fã de música popular portuguesa. É do que gosto mais”, confessa. Na opinião de Carlos Silva as festas são um atractivo interessante mas o local não é o melhor. “Deviam procurar um espaço mais aberto que pudesse receber mais pessoas, como se faz na Póvoa de Santa Iria”, propõe, lembrando que nas imediações da festa também falta estacionamento.

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