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Um “vespeiro” em Vilgateira

Um “vespeiro” em Vilgateira

Vespas amarelas, azuis, encarnadas, verdes, de várias cores, fazem sentir o seu zumbido na pacata aldeia de Vilgateira, concelho de Santarém, na manhã de domingo. Chegam de vários pontos da região para a 1.ª Concentração de Vespas, organizada pelo entusiasta das motas italianas da marca Piaggio, Pedro Paulino.A casa do organizador foi o ponto de encontro. Nunca se viu tanta vespa no meio da malha apertada do casario da aldeia. Com o sopro num chifre Pedro Paulino sopra numa vuvuzela portuguesa feita de um corno, para alertar o pessoal que vai chegando para as inscrições. Há participantes que envergam coletes personalizados de moto clubes.O som do escape mostra o carácter de cada máquina. O modelo 50 S, tem um zumbido fino. As manas mais velhas, de 125 e 150 centímetros cúbicos, roncam mais grosso. Umas têm assento duplo, outras monoassento. Há conta-quilómetros digitais e velhos aparelhos de vareta titubeante. A partida faz-se pelas 11 horas. São 60 participantes. Velhos e novos. O sexo masculino domina por completo. Montada numa máquina laranja, Rita Silva, de Almeirim, é a única mulher a conduzir uma Vespa. O marido, Jorge Pessoa, leva um modelo mais recente, com todas as comodidades. “O meu marido tem uma Vespa 50S e foi-me sempre incentivando. Comecei a gostar da mota e passei a andar com ele ao fim de semana, cada uma na sua”, acelera Rita. Os vespistas não passam dos 30/40 quilómetros hora. Só se sente o “fom, fom” das buzinas. Cavalinhos, derrapagens e acelerações ficam para os encontros de motards. O reforço matinal de águas, sumos e pastéis de nata é servido junto a uma fonte. O passeio, no sobe e desce por terriolas, só acabou por volta da hora de almoço.Fátima Paulino, esposa do organizador, anda como pendura na vespa do marido. Prefere outras motas mas já sabe que em casa só há indefectíveis vespistas. Pedro roda com uma vespa verde, e os filhos João Pedro e David, montam outras duas de cores azul-bebé e amarelo. “As vespas são uma paixão desde os 16 anos. Nunca mais as larguei”. Tanto que até fez um museu no sótão de sua casa onde estão mais duas motas em exposição, miniaturas e imensos objectos ligados às Vespas. Ricardo Carreira
Um “vespeiro” em Vilgateira

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