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31 anos do jornal o Mirante
António Oliveira

António Oliveira

61 anos, Solicitador em Azambuja
Comecei a trabalhar aos 12 anos numa das mercearias dos meus pais. Aos 13 anos liguei-me ao ramo automóvel até ir para a tropa. Nasci em Lisboa a 27 de Abril de 1949. Desde 1980 que resido em Pontével, concelho do Cartaxo, onde fui muito bem acolhido. Na generalidade, os Pontevelenses são trabalhadores e muito empenhados no desenvolvimento da sua terra. Em 1961 tirei admissão ao liceu. Os meus pais ficaram extremamente aborrecidos por não querer continuar a estudar, devido ao fascínio que sempre tive por automóveis. Em 1978 conheci uma pessoa maravilhosa. Com quem casei em 1980. Tinha 31 anos. Foi uma excelente filha e nora e é uma excelente mãe, muito presente e boa profissional. É uma pessoa que, quer na vida profissional quer na vida pessoal, nunca agiu com intenção de prejudicar seja quem for. Tenho três filhas que muito me orgulham. Pelo seu percurso de vida mas principalmente porque são educadas e honestas. A Leonor é a mais velha e foi uma excelente aluna, tendo concluído o mestrado antes da Lei de Bolonha com nota máxima. Está a fazer doutoramento em museologia, com participações na elaboração de várias edições de arte. A Maria não se empenhou tanto, mas depois de concluir o 12ºano tirou restauro e foi convidada a estagiar na F.R.Santo, acabando por ser convidada a ficar efectiva nos quadros da instituição. A Ana é a mais nova, frequenta o 6º ano de medicina com muito bom aproveitamento.Fui, até 1991, responsável pelo departamento de exportação na alfândega de Lisboa. Entretanto aceitei o convite de um cliente para formar um departamento aduaneiro num transitário. A proposta era boa ao nível do vencimento e deram-me carro para utilização profissional e pessoal. Mais tarde pensei acabar o curso de direito mas acabei por fazer o estágio para solicitador, profissão que exerço há 16 anos e da qual muito gosto. Acabei por tirar também a especialidade de Solicitador de Execução, outra actividade interessante e muito exigente. Exerço a profissão na vila de Azambuja, uma terra que sempre me tratou bem e me recebeu de braços abertos.Existe uma nova geração de juízes e juízas simpáticos. Dão a sensação que actuam no sentido de resolverem os litígios através de acordos. A justiça é uma actividade fascinante. Mas é de lamentar que haja uma constante alteração nas leis. Há alguns casos com difícil aplicação e funcionários a trabalharem em péssimas condições. No entanto, salvo raras excepções, estão sempre dispostos a colaborarem.Fui catequista. Responsável pela catequese da paróquia de Pontével. Considero que é necessário e importante para os jovens terem uma formação religiosa, seja qual for o credo. Essa orientação, desde que seja dada de forma coerente e com respeito por todas as religiões, irá contribuir para que sejam mais responsáveis e humildes. Actualmente a sociedade encaminha a juventude para um egoísmo atroz. Sou voluntário na assistência a doentes. Para além de cumprir as minhas obrigações com a profissão, a família e amigos também procuro ter tempo para ajudar aqueles que mais precisam e mais dificuldades sentem. Gosto de dar o meu contributo solidário para atenuar algumas carências sociais, sobretudo nos mais idosos, porque infelizmente sei de alguns casos de extrema solidão e carência afectiva. Esse é o meu lema de vida; ajudar e colaborar para contribuir para uma vida melhor dessas pessoas.
António Oliveira

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