É impensável fazer a travessia numa “jangada moderna” a que elegantemente chamam “barco”. Questiono-me diariamente como será quando se iniciar o ano lectivo. Vão atravessar as crianças pelo rio? com chuva? com cheias? com correntes fluviais? vão a nado? vão comprar um Ferry (e nesse caso já lhe podem chamar barco) para atravessar as pessoas e viaturas? vão intensificar a circulação ferroviária de modo a permitir que se chegue à margem norte de comboio com mais alternativas de horário (são 5 minutos da estação de  Sta. Margarida à Praia do Ribatejo) e colocar autocarros para as crianças e população em geral? Ou teremos mesmo que ir a nado ou em barcaças sem condições? Qual é a motivação para estas crianças e jovens (já nem vou falar dos adultos...) para irem estudar nestas condições? Concordo que se a ponte não é segura não deverá estar aberta até que as condições de segurança sejam repostas, contudo espanta-me a falta de resposta, surpreende-me a aparente inactividade com que este assunto está a ser tratado, incomoda-me este jogo de interesses superiores, o jogo do empurra...a ponte está simplesmente fechada, sem se vislumbrar qualquer manutenção ou solução. Como é que vai ser senhores autarcas e responsáveis da Refer? Os nossos filhos, nomeadamente a sua motivação escolar e segurança, estão nas vossas mãos! Para quando uma resposta concreta e a apresentação de um plano de acção à população? Como diria o outro “acordem” e reajam (digo eu!).Sónia Ferreira