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Silvino Sequeira ainda não decidiu se vai ocupar o lugar de vereador em Rio Maior

Silvino Sequeira ainda não decidiu se vai ocupar o lugar de vereador em Rio Maior

Ex-presidente da câmara participou na sessão do dia da cidade intervindo pela primeira vez após suspender o mandato

O ex-presidente da Câmara de Rio Maior, o socialista Silvino Sequeira, interveio antes da reunião do executivo a convite da nova presidente Isaura Morais, numa manifestação de que a mágoa de perder as eleições já se está a desvanecer.

O ex-presidente da Câmara de Rio Maior interveio pela primeira vez numa reunião do executivo depois de perder as eleições para a social-democrata Isaura Morais. Foi nas comemorações dos 25 anos de elevação de Rio Maior a cidade, que se comemorou no dia 25 de Agosto com uma pequena sessão solene na qual Silvino Sequeira (PS) falou desse facto histórico para o concelho. A intervenção do ex-autarca decorreu na véspera de terminar a sua suspensão de mandato como vereador, mas o socialista ainda não sabe se vai prolongar a sua ausência do executivo por mais três meses ou se assume o lugar para o qual foi eleito. O presidente que conduziu os destinos do município durante 24 anos não compareceu na tomada de posse e na primeira reunião camarária apresentou a sua suspensão de vereador da oposição por 180 dias. Posteriormente pediu a suspensão por mais 90 dias, que terminou na quinta-feira, 26 de Agosto. No seu regresso à sala onde conduziu as reuniões do executivo, Silvino Sequeira confessou a O MIRANTE que se sentiu bem e que sentiu o carinho dos funcionários. Palavras que indiciam que as mágoas da derrota já estão a desvanecer. “Na vida pública não há gratidão. Fiquei de consciência tranquila. Durante o tempo em que fui presidente fiz o que tinha que fazer. Tenho consciência do que fiz e os erros assumo-os”, justifica, acrescentando que “não tenho mágoas de coisa nenhuma”. A participação do ex-autarca nessa sessão partiu de um convite da presidente Isaura Morais (PSD) porque na altura em que Rio Maior passou a cidade Silvino Sequeira era deputado na Assembleia da República. Participaram também o presidente de câmara de há 25 anos, Joaquim Pereira de Deus e o ex-deputado do PSD, Mário Santos, autor da proposta. À margem da sessão, o socialista disse a O MIRANTE que ainda não decidiu se vai pedir mais 90 dias de suspensão, o último período que a lei lhe confere. Porque, diz, primeiro tem que discutir o assunto com a estrutura do PS “que permitiu que eu fosse candidato”, observa. Silvino Sequeira ainda tem até dia 10 de Setembro, quando se realiza a próxima sessão camarária, para definir a sua posição. “A nova maioria ficou com mais espaço”Silvino Sequeira revelou a O MIRANTE que decidiu não ocupar o lugar de vereador da oposição para dar mais espaço à nova maioria da coligação PSD/CDS-PP, porque a sua presença “era sempre identificada com o tempo anterior e a nova maioria queria mudança”, sublinhou. Mas também foi uma forma de dar a possibilidade de outras pessoas entrarem na vida autárquica, como foi o caso do vereador Daniel Pinto. “Não estando, era bom para todos e para a maioria também”, acrescentou o ex-presidente realçando que o novo executivo queria mudança e que “também nunca me foi solicitado o que quer que fosse, pelo que me senti desobrigado”.Um acordo de bastidoresNo dia da cidade, Silvino Sequeira recordou que houve uma espécie de tratado de Tordesilhas para que Rio Maior passasse a cidade. Tratava-se de um acordo de bastidores numa época de um governo de bloco central em que o PS se comprometia a votar a elevação de Rio Maior se o PSD votasse favoravelmente a passagem de Ponte de Sôr a cidade. O presidente de câmara em 1985, Joaquim Pereira Deus, chegou a lamentar na sessão solene ter sido mantido à margem do processo. Mas o autor da proposta, Mário Santos, disse que passados 25 anos “a memória atraiçoa as pessoas”, desmentindo Pereira Deus ao dizer que havia uma acta da câmara em que esta se congratulava com a iniciativa.
Silvino Sequeira ainda não decidiu se vai ocupar o lugar de vereador em Rio Maior

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