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Autarcas de Torres Novas e de Santarém defendem extinção dos governos civis

Autarcas de Torres Novas e de Santarém defendem extinção dos governos civis

São “autênticos sorvedouros de dinheiro”, diz o socialista António Rodrigues

Presidente da Nersant considera que medidas de contenção orçamental anunciadas pelo Governo “já deveriam ter sido decidida em Abril ou Maio”.

Os presidentes das câmaras de Santarém e Torres Novas defendem a extinção dos governos civis e outros organismos públicos como forma de diminuir a despesa do Estado. Essa posição foi manifestada na sequência das medidas drásticas de contenção orçamental anunciadas pelo Governo no dia 29 de Setembro.O presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), diz que o Governo não deveria carregar tanto nos impostos, penalizando os mais pobres, e nos salários dos funcionários públicos já que “podia cortar na despesa”, nomeadamente acabando com os governos civis, que “não fazem falta”.A mesma opinião é partilhada pelo socialista António Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, que pede ao Governo para ter “coragem” e acabar com os governos civis e os institutos que são “autênticos sorvedouros de dinheiro”.Ambos lamentam que as autarquias, que, segundo afirmaram, foram as que mais contribuíram para a contenção quando comparadas com a administração central, voltem a ser penalizadas, alertando Moita Flores para os efeitos desta política, nomeadamente nas escolas.“Ponham na rua os empregados políticos (dos governos civis e multiplicidade de institutos e organismos do Estado). São milhões que poupam e não precisam ir tão longe no castigo às pessoas”, disse Moita Flores, questionando como podem os que ganham o salário mínimo suportar um aumento de 3 pontos percentuais no IVA em poucos meses.Reconhecendo as medidas anunciadas no dia 29 de Setembro como “necessárias” e “se calhar tardias”, António Rodrigues disse que o que o incomoda mais é que sejam “sempre os mesmos a pagar”, receando os reflexos na pobreza, já que se depara “cada vez com mais gente com mais fome e sem sentido para a vida”.Quanto ao seu município, o autarca disse que centrará o investimento nos projectos com apoios comunitários (de forma a manter alguma dinâmica na economia local), parando tudo o resto e aumentando o esforço de contenção, nomeadamente com cortes nos subsídios.Presidente da Nersant diz que medidas pecam por tardiasJá José Eduardo Carvalho, presidente da Associação Empresarial da Região de Santarém - Nersant, disse que os cortes anunciados pelo Governo “já deveriam ter sido decididos em Abril ou Maio”. Acrescenta que “são decisões corajosas, que pecam por tardias e não sei se serão suficientes. Tudo vai depender da coragem do Governo para as aplicar”, apelando a um “repensar do modelo” em que assenta a sociedade e a economia portuguesas, em particular no que diz respeito à rigidez da despesa. Segundo afirmou, as empresas terão grande dificuldade em aguentar novo aumento de impostos, admitindo um “receio muito grande de recessão”.
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