“Se dar à luz uma criança fosse como construir uma creche ninguém queria ter filhos”
Projecto para construção do equipamento tinha sete anos quando avançou em 2007
A nova creche de Santo Estevão, no concelho de Benavente, vai acolher 33 crianças e dar emprego a oito pessoas. Para a ministra da Segurança Social trata-se de um equipamento importante para ajudar a fixar moradores que trabalham em Lisboa e arredores.
“Se dar à luz uma criança fosse como construir uma creche ninguém queria ter filhos”. O desabafo foi feito por Daniel Ferreira, presidente do Centro Social de Santo Estevão, no concelho de Benavente, na tarde de sexta-feira, 1 de Outubro, dia da inauguração da creche da instituição. O projecto para a construção do equipamento já tinha sete anos quando arrancou em 2007. Construída num terreno cedido pela Câmara Municipal de Benavente, na urbanização Quinta das Cegonhas, a nova creche tem um berçário e três salas de actividades, garantindo a oito pessoas um novo posto de trabalho. Para já vai receber 33 crianças, mas tem capacidade para acolher 50.O investimento global é de 453 mil euros, dos quais mais de 210 mil euros representam investimento público. O valor anual do acordo de cooperação com a Segurança Social ronda os 95 mil euros. O projecto, inserido no Programa de Alargamento da Rede e Equipamentos Sociais (PARES), contou, entre outros, com o apoio da Câmara Municipal de Benavente e da Casa do Povo de Santo Estêvão.A cerimónia de inauguração da creche contou com a presença da Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena André, que garantiu a importância da nova creche para ajudar a fixar moradores que trabalham em Lisboa e arredores. O espaço entrou em funcionamento na segunda-feira, 4 de Outubro. “Santo Estevão é um atractivo para quem trabalha em Lisboa e arredores”, disse Maria Helena André, garantindo que agora os pais podem ir trabalhar mais tranquilos porque os filhos estarão bem entregues. “Temos o problema da baixa taxa de natalidade no nosso país e os bons equipamentos sociais também ajudam a combater essa situação”, disse na cerimónia de inauguração.Recorde-se que o lançamento da primeira pedra aconteceu por duas vezes. A primeira, em 2005, foi efectuada a título privado quando o projecto foi aprovado, numa altura em que o Centro de Bem Estar Social não tinha ainda concorrido ao financiamento público, nomeadamente, ao programa PARES. Só em 2007 é que voltou a ser novamente lançada a primeira pedra. Na altura Daniel Ferreira disse a O MIRANTE que apesar de atrasarem a obra conseguiram poupar cerca de 193 mil euros.No distrito de Santarém o Programa PARES representa um investimento público superior a 9 milhões de euros, fixando-se o investimento o total em cerca de 17,5 milhões de euros, permitindo a criação de 1460 lugares em equipamentos sociais e de 400 novos postos de trabalho no distrito.
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