A última reunião do executivo da Câmara Municipal de Santarém conheceu um episódio burlesco durante a discussão e votação dos pontos referentes aos contratos-programa a celebrar entre o município e as empresas municipais CUL.TUR e STR-URBHIS. Os dois vereadores socialistas consideraram que esses contratos, que definem as verbas a atribuir pela autarquia às empresas municipais em 2011, não deviam ser votados sem antes estar aprovado o Orçamento da câmara para o próximo ano.Por entenderem que estavam perante uma “ilegalidade”, António Carmo e Ludgero Mendes recusaram-se a votar esses dois pontos dando instruções à técnica responsável pela elaboração das actas das reuniões para que os considerasse ausentes da sala, apesar de permanecerem sentados nos seus lugares. “Como podem ver, nós não estamos aqui, estamos lá fora”, disseram com humor os vereadores socialistas. E como estavam “lá fora”, toda a sua argumentação durante o debate desses pontos não pode ser vertida em acta, pelo que aquele momento surrealista nunca irá constar dos arquivos da Câmara de Santarém.