Câmara de Rio Maior garante água mais barata para quem consome menos
Consumidores domésticos que gastam mais vêem o seu tarifário agravado
Tarifário para consumidores não domésticos também foi alterado passando de um escalão único para dois escalões.
O vice-presidente da Câmara de Rio Maior, Carlos Frazão, deu uma conferência de imprensa sobre o novo regulamento de águas para garantir que os consumidores de água do concelho que gastem até dez metros cúbicos (m3) por mês, a maioria, vão pagar menos com o novo tarifário do que com o actual. Em contrapartida os consumidores domésticos que gastam mais vêem o seu tarifário agravado.Apesar de estimar que os consumos mais baixos vão ficar mais baratos, Carlos Frazão garantiu que a receita para 2011 irá ascender a 100 mil euros, fruto da diferença gerada entre os que consomem menos e os que consomem mais.Durante a conferência de imprensa, o autarca explicou que o novo modelo a adoptar - que se encontra em fase de discussão pública desde 1 de Novembro e até 17 de Dezembro – terá um tarifário progressivo, dividido em quatro escalões. Outra novidade é a inclusão de dois tarifários para o consumo não doméstico, comércio e indústria, já durante o período de consulta pública. São criados dois escalões: abaixo de 25 metros cúbicos (0,75 euros por m3) e acima de 25 metros cúbicos (1,50 euros/m3), em vez do tarifário único de 1,87 euros por m3, já provado pelo actual executivo. Carlos Frazão justifica que tal não será penalizador para essas empresas. “Para um consumo de 100 metros cúbicos o aumento será de 20 euros, de 115 para 135 euros”, garantiu o vice-presidente.Com o novo tarifário, o custo de água em Rio Maior é de 0,43 euros por metro cúbico para consumos até cinco metros cúbicos; entre os cinco e os 15 m3 de consumo a água é tarifada a 0,72 euros, e de 1,87 euros para consumos entre os 15 e os 25 m3. Quem consumir mais de 25 m3 pagará 3,05 euros. Apesar da alteração de tarifário, o serviço de abastecimento de água de Rio Maior continua a ser deficitário e, em 2011, terá mais de 468 mil euros de passivo, em grande parte devido aos 809 mil euros a pagar à Águas do Oeste. Carlos Frazão diz que o novo tarifário segue as determinações da entidade reguladora do sector mas não agrava tanto o custo da água como defendia aquela entidade. O vice-presidente da Câmara de Rio Maior acredita que, dentro de um ou dois anos, o Governo venha a definir um apreço de água igual em todo o país. Depósito elevado na MarmeleiraA falta de água e de pressão nas torneiras na Vila da Marmeleira é matéria recorrente, especialmente durante o período de Verão. Segundo Carlos Frazão, a câmara tem planos para construir um depósito elevado que sirva Marmeleira e Assentiz, a mais curto prazo. Outra questão será a substituição de velhas condutas, que a câmara tentará fazer no mais curto espaço de tempo. “Setenta e cinco por cento das perdas de água dão-se no subsolo”, acrescentou Carlos Frazão.
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