A construção de uma Unidade de Cuidados Continuados (UCC) na freguesia do Forte da Casa vai potenciar o crescimento económico e a empregabilidade no concelho, disse a presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha, durante a cerimónia de assinatura do protocolo para a construção da nova UCC na Forte da Casa, na quarta-feira, 24 de Novembro. No mesmo terreno será construído também um lar de idosos, um centro de dia e um serviço de apoio domiciliário. A obra arranca a 3 de Dezembro e deverá estar concluída dentro de um ano. “O Governo fez muito bem em criar as Unidades de Cuidados Continuados que são locais de passagem onde as pessoas podem descansar depois de sair do Hospital e antes de regressar a casa. Esta medida é uma resposta na área social e da saúde que fazia falta em Portugal e vai potenciar”, reforçou a autarca.O Instituto de Apoio à Comunidade (IAC) já tinha apresentado, ao abrigo do Programa MODELAR 2ª fase (tem como objectivo a atribuição de apoio financeiro pelas administrações Regionais de Saúde no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados a pessoas colectivas privadas sem fins lucrativos) a candidatura para a instalação da UCC no Forte da Casa, tendo recebido no dia 23 de Março luz verde por parte da entidade para avançar com o projecto. O investimento da nova UCC, a primeira do concelho, será de 2 milhões e 900 mil euros. O equipamento possuirá 50 camas e irá criar 53 novos postos de trabalho. Já as outras três valências (lar, centro de dia e apoio domiciliário) resultam da aprovação da candidatura ao Programa Operacional do Potencial Humano (POPH), estando neste momento a decorrer o concurso para a adjudicação da obra. O espaço, com um custo de cerca de quatro milhões de euros, terá 60 camas, 40 utentes em apoio domiciliário, 30 utentes no centro de dia e criará 28 novos postos de trabalho. Para além do terreno - Largo do Sagrado Coração de Jesus – cedido em regime de direito de superfície pelo período de 75 anos, a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira contribuirá com um máximo de um milhão de euros para as duas obras. O Governo irá financiar aproximadamente três milhões de euros e o IAC suportará o restante investimento. “A esperança média de vida dos portugueses tem vindo a aumentar progressivamente, o que significa que o país tem de dar resposta a esta situação para que os mais idosos possam ter uma vida confortável e se sintam acarinhados e acompanhados”, disse Maria da Luz Rosinha, notando que “a quantidade de pessoas presentes na cerimónia demonstra a importância da obra”. “Quando se falava de apoio social associava-se à dificuldade económica, mas actualmente encontramos pessoas que até podem ter boas condições económicas, mas não de acolhimento e permanência no seu espaço de residência porque a idade avançada ou o estado de saúde não permite que isso aconteça”, acrescentou. António José Inácio, presidente do Instituto de Apoio à Comunidade (IAC) e da Junta de Freguesia do Forte da Casa, revela que “o IAC quer continuar a apoiar a qualidade de vida da população do Forte da Casa e das restantes freguesias do concelho de Vila Franca de Xira nas áreas de educação, saúde e bem-estar social”. O IAC conta actualmente com 2500 sócios activos e aproximadamente 1102 utentes em todas as valências da instituição. Para Maria da Luz Rosinha o IAC tem vindo a realizar um excelente trabalho localmente e na área metropolitana de Lisboa. “O presidente do IAC tem desempenhado funções com sensibilidade e uma boa capacidade de resposta, conseguindo ultrapassar os problemas da instituição e respondendo aos problemas da população”,O protocolo para a construção da nova UCC foi assinado pelo presidente do Conselho de Administração da empresa Britalar, António Salvador Rodrigues e pelo presidente do Instituto de Apoio à Comunidade, António José Inácio. Rosinha discorda do pagamento de IVA por parte das instituiçõesA presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha, aproveitou a cerimónia para mostrar o seu desagrado sobre a passagem das instituições sociais do actual regime de isenção para o pagamento do IVA nas obras sociais que realizam, à taxa de 23 por cento. “O IVA das instituições sociais não pode ser igual ao IVA de uma qualquer entidade prestadora de serviços porque isso iria acabar com um conjunto de projectos que já estão em curso e que o Governo aprovou. Esta medida será incomportável para muitas instituições, mas acredito que o bom senso vai imperar”, disse.