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Jogos entre Salvaterrense e Marinhais “têm mais sal e pimenta”

Dérbi concelhio joga-se a 13 de Fevereiro entre equipas que lutam pelos lugares cimeiros

A poucos dias do dérbi concelhio que se realiza a 13 de Fevereiro em Salvaterra de Magos, O MIRANTE falou com dois antigos jogadores do Grupo Desportivo de Marinhais e do Clube Desportivo Salvaterrense para descobrir as emoções que antecedem estas partidas.

Ninguém tenha dúvidas: os jogos disputados entre o Grupo Desportivo de Marinhais (GDM) e o Clube Desportivo Salvaterrense (CDS) são diferentes. São mais competitivos e disputados que os outros. “Têm mais sal e pimenta”. Quem o diz são Carlos Estrelo e José Nunes, antigos jogadores do GDM e do CDS, respectivamente. Agora que se aproxima mais um jogo entre as duas equipas – realiza-se dia 13 de Fevereiro - as antigas “glórias” dos clubes ribatejanos aceitaram o desafio de O MIRANTE para falar das emoções que se vivem antes e durante o dérbi do concelho de Salvaterra de Magos.Carlos Estrelo, 48 anos, natural de Marinhais, começou a sua carreira futebolística aos 13 anos no rival de Salvaterra. Jogava a defesa central. “Em Marinhais não havia equipa de juvenis por isso tive que ir para Salvaterra”, explica. Ingressou no Marinhais com 15 anos tendo ficado até aos 22. Mais tarde regressou ao clube do “coração” onde foi campeão distrital na época 1986/87 tendo subido à terceira divisão nacional. Arrumou as chuteiras aos 29 anos, mas gosta de acompanhar a prestação do clube da sua terra.José Nunes, 54 anos, de Salvaterra de Magos, também começou a jogar à bola com 13 anos. Nessa altura o Salvaterrense também não dispunha de camadas jovens e José Nunes iniciou a sua carreira desportiva no União de Almeirim. O jovem ficou no clube até aos 22 anos quando foi jogar para o CDS. No seu currículo conta uma passagem pelo GDM onde foi campeão e subiram à terceira divisão nacional. Jogou em quase todas as posições. “Era polivalente”, conta.Ambos consideram estes jogos mais emocionantes. “Existe uma rivalidade saudável”, concordam. José Nunes recorda que na semana antes dos dérbis havia “mais concentração e ainda mais vontade de ganhar”. “Por vezes fazíamos apostas com os jogadores adversários. Para mim perder com o Marinhais era como levar facadas”, confessa, sorridente, José Nunes acrescentando que sempre que perdia nestes dérbis não conseguia dormir.Já Carlos Estrelo conta a O MIRANTE que tinha amigos na equipa adversária e que sempre os respeitou. “A picardia era só dentro de campo e dentro dos limites da lei de jogo. Mas eram jogos mais motivantes, com mais sal e pimenta. Era como o Benfica-Sporting, os adeptos ficam muito mais entusiasmados”, explica. Carlos Estrelo jogou um ano nos seniores do CDS mas nessa época não teve que defrontar o Marinhais, porque os clubes jogavam em divisões diferentes.Apesar de ambos já terem arrumado as chuteiras há vários anos continuam a acompanhar a prestação das equipas, à distância. Nenhum dos dois assistiu ao último jogo entre as duas equipas, realizado em Novembro do ano passado, onde ocorreram desacatos entre jogadores no final da partida. Carlos Estrelo e José Nunes concordam que as discussões devem ter ocorrido “derivado” à disputa e vontade de ganhar de ambos os jogadores. “É a tal rivalidade entre clubes que faz isto. Nestes jogos existe ainda mais vontade de ganhar e à mínima provocação acende-se um ‘rastilho de pólvora”, compara José Nunes.No dia 13 de Fevereiro os dois antigos jogadores vão fazer os possíveis para assistir ao derby concelhio que se realiza em Salvaterra de Magos. Cada um vai torcer pela sua equipa. Mas sem a intensidade dos tempos em que eram jogadores e com o distanciamento que a idade lhes permite.

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