A britânica Jaguar celebra este ano o 50º aniversário de um dos modelos desportivos mais emblemáticos e carismáticos do mundo, o E-Type, com uma série de actividades que arrancam já em Março no Salão de Genebra com a apresentação da história completa do modelo, desenhado nos anos sessenta. O E-Type é o único automóvel merecedor de um espaço permanente no «Museum of Modern Art» em Nova Iorque. Além do salão de Genebra a marca inglesa vai também participar no Goodwood Festival of Speed e Goodwood Revival, no Reino Unido, com todos os modelos que deram à Jaguar cinco títulos de resistência. A marca já fez saber que por todo o mundo, concessionários e proprietários do modelo vão aliar-se em concursos de beleza e “lifestyle” durante o ano. O modelo foi lançado em 1961 e para o actual director geral da Jaguar Cars, Mike O`Driscoll, o E-Type é “o desportivo mais intemporal e excitante de sempre” da marca britânica. Alguns dos distintos proprietários deste modelo foram Brigitte Bardot, George Best ou até mesmo Steve McQueen. Quando o carro foi apresentado no Salão Automóvel de Genebra em 1961 causou sensação. Tinha um preço bastante inferior aos seus concorrentes e uma velocidade máxima de 242 km/h. Por ser um desportivo acessível acabou por marcar a época e ser comercializado durante 14 anos. No dia da sua apresentação foram tantas as pessoas a ficar espantadas com o seu estilo sublime que muitas imploraram para serem feitas demonstrações nas estradas de montanha das redondezas. Sir William Lyons, fundador da Jaguar, levou um carro para a estrada mas acabou por conduzir durante toda a noite, juntamente com o seu chefe de testes, Norman Davies, entre Coventry e Suíça, apenas pelo prazer da viagem. O carro possuia motor de seis cilindros em linha de 3,8 litros. Na Europa venderam-se mais de 70 mil automóveis. Actualmente cada um, em estado de colecção, pode valer entre os 100 e os 200 mil euros.