Poeta Carlos Frias de Carvalho fala de pobreza cultural sem chama em Ourém
Estando próximo de Tomar até se pode sentir ribatejano, mas na essência, os Oureenses sente-se, de um modo geral, beirões, graníticos, resilientes. Gente do trabalho e da serenidade que vai mais além de paixões. Não somos de pobre cultura mas de um humanismo que não aceita o capricho de grandezas sobre-humanas. Quem não aceita que muitos nos sentimos mais beirões que ribatejanos ainda não compreende o concelho de Ourém, que sempre viveu dividido entre uns e outros. Muitos de nós não nos associamos aos toiros, campinos e lezíria, mas ao recato de cores frias e verde-esmeralda das matas atlânticas. Fossemos tão mentalmente pobres e não teríamos muitas das melhores escolas do distrito de Santarém, nem a força empresarial que temos. Não há que esquecer que em 1974 éramos um dos concelhos menos desenvolvidos do distrito e somos hoje um dos que mais se desenvolveu. Para além de que o conservadorismo ainda não é lastro nem pecado.André F.
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