A Câmara Municipal de Tomar debateu na última reunião de executivo, realizada a 27 de Janeiro, o tipo de apoio a dar à organização de eventos, face aos inúmeros pedidos que chegam à autarquia. Em cima da mesa estava a organização do “V Sellium - Festival de Tunas Femininas” que solicitava, entre outras coisas, apoio logístico ao evento. A vereadora do Turismo, Rosário Simões (PSD) pediu para intervir e considerou que a lista apresentada era “abusiva” e continha mesmo questões que deviam ser analisadas face a uma provável ilegalidade. “Pedem tudo e mais alguma coisa, seja legal ou ilegal. Por exemplo, é solicitada uma baixada para a barraca da cerveja quando eles têm usado geradores. Esta questão da baixada é ilegal e a responsabilidade, caso seja permitida, é da câmara. Entendo que o evento é importante mas não é isso que se coloca. Isto é quase um abuso”, referiu a vereadora. O vice-presidente Carlos Carrão (PSD) entendeu que o certame, à semelhança de anos anteriores, deve merecer o apoio da autarquia e que o solicitado é o que tem sido usual nestes eventos. “Para além da isenção das taxas de utilização de espaços públicos, é sempre solicitado um conjunto de apoios logísticos. A câmara pode e deve isentar a utilização dos espaços, para além de poder e dever apoiar no ponto de vista logístico”, referiu. Opinião contrária foi expressa pelo vereador Pedro Marques do movimento “Independentes por Tomar” que, tal como Rosário Simões, considerou que a organização exagerava na lista de pedidos. Analisando o pedido de apoio em questão, o vereador independente disse, ainda, que não gostava que a Praça da República “servisse de palco” a barracas de cerveja, que não concordava que fosse colocada uma lona no edifício dos Paços do Concelho ou que o Claustro do Convento de São Francisco fosse sítio para se fazer um churrasco. Perante a controvérsia que se gerou este ponto acabou por ser retirado da ordem de trabalhos para um melhor esclarecimento dos apoios a atribuir.