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Piquenique na selva de cimento

Piquenique na selva de cimento

Sexta-feira, 13h30, dois amigos de infância fazem uma almoçarada à sombra de salgueiros nas traseiras da urbanização Olival do Arame, paredes-meias com a selva urbana do bairro de S. Domingos, em Santarém. O sol quente de Fevereiro é uma raridade desde o início do ano e a brisa sopra ligeira como numa tarde de Primavera. A mesa desdobrável está montada. Plástico serve de toalha. Na mesa não falta nada. Sargos e douradas apanhados no mar, à cana, são grelhados. Para acompanhar, um alguidar de salada de tomate com cebola. Há garrafinhas de azeite e vinagre para o tempero. O tinto é servido de uma box para canecas de barro, o mesmo material de que são feitos os pratos. O almoço é rematado com queijinhos.O banco de jardim foi construído por Alberto Murteira há vários anos, restaurador de móveis de profissão num espaço de garagem da urbanização. Orlando Leal vem da zona do Choupal para a comezaina. Dois salgueiros já crescidos proporcionam sombra mas ainda há mais outro, além de um chorão e de um loureiro. O espaço tem dois metros de largura por dez de comprimento, junto à vedação que delimita outro terreno. Foi tudo preparado por Alberto Murteira, há anos, e fica bem a destoar do mundo de cimento que o envolve. De Verão, o pequeno oásis costuma juntar regularmente cerca de 15 pessoas em sardinhadas e outras patuscadas. Ricardo Carreira
Piquenique na selva de cimento

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