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Jovens precisam-se na Sociedade Columbófila de Vialonga

Colectividade assinala este ano 74 anos de vida

A Sociedade Columbófila de Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira, assinala este ano 74 anos de vida. Um longo historial de vitórias nacionais e internacionais não apaga as preocupações com a falta de jovens a praticar a modalidade. Dirigentes sonham com uma nova sede na freguesia.

Os dirigentes da Sociedade Columbófila de Vialonga (SCV), concelho de Vila Franca de Xira, estão apreensivos quanto à falta de jovens a praticar a modalidade na freguesia. Os poucos jovens que se interessam pelos pombos “desistem ao fim de pouco tempo” e quem lidera hoje a colectividade teme que o futuro da SCV esteja em causa.“Os jovens andam desaparecidos. Mas isto não é só a nível da nossa colectividade, é também ao nível do distrito. Está a ser difícil recrutá-los, a camada jovem não se interessa pela columbófilia, lá aparece um ou outro mas rapidamente abandonam. Os jovens hoje têm outros interesses, outras ocupações. Naquele tempo não tínhamos nada, os miudos hoje têm tudo em casa”, lamenta António Teixeira, director da colectividade que chegou a vencer provas internacionais, nacionais e distritais.“Gostávamos de ter mais gente interessada, que aparecesse aqui e criasse uns pombos. Mas a modalidade está cara e a atenção aos animais tem de ser permanente. Daqui por meia duzia de anos gostávamos de ver columbófilos com 20 ou 30 anos de idade a competir com força no calendário nacional. Os nossos políticos também se deviam interessar por esta modalidade. Eles não se interessam muito pela columbófilia”, lamenta João Lourenço, actual presidente da SCV.Actualmente também as instalações onde funciona a sede da colectividade estão velhas e a precisar de uma intervenção de recuperação. No ano em que a Sociedade Columbófila de Vialonga assinala os 74 anos de vida os actuais dirigentes sonham com uma nova sede. As actuais instalações chegaram a ser uma escola primária de raparigas no tempo do Estado Novo.“A SCV foi criada a 24 de Abril de 1937. Éramos um grupo de columbófilos que voavam aqui e na Póvoa de Santa Iria. A dada altura pensaram em formar uma sociedade em Vialonga e assim nasceu a SCV. Naquela altura tínhamos 10 pombos, hoje temos 100. Antigamente voavam sete ou oito pombos, hoje voam dezenas. Assim se vê a grandeza do clube e quanto tem crescido nestes anos todos”, conta a O MIRANTE o sócio número um da colectividade, João Pinheiro.Actualmente a colectividade tem 60 sócios pagantes e vive graças a uma renda simbólica que paga anualmente pela ocupação do espaço, das quotas e de um pequeno bar que exploram na sede da associação.“Quando chegámos a estas instalações os sócios ajudaram e remodelámos tudo, ampliámos as instalações. Mas hoje já estão velhotas. E nunca tivémos a ajuda de ninguém, foi tudo do nosso bolso”, referem os responsáveis que gostavam de ver em Vialonga uma aldeia columbófila.“Muita gente não tem espaço para ter os pombais e outros acabam por ter os pássaros quase dentro de casa. Com os pombais num único local até as crianças poderiam descobrir mais sobre este desporto. Em quase todas as freguesias de Vila Franca de Xira existe uma aldeia columbófila. Só em Vialonga não e não percebemos porquê. Já temos falado com a junta de freguesia mas o que nos dizem é que não há terreno disponivel”, lamenta João Lourenço. Entre os objectivos mais imediatos do clube está o treino para a participação em algumas provas regionais.

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